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More knave than fool : cepticismo e ironia no drama de Christopher Marlowe

Autor(es): Ribeiro, Nuno Pinto cv logo 1

Data: 2000

Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10216/19025

Origem: Repositório Aberto da Universidade do Porto

Assunto(s): Literatura inglesa - Teatro - Estudos críticos; Renascimento; Cepticismo; Ironia


Descrição
O teatro comercial e popular isabelino qualifica decisivamente a relação entre o autor e a sua criação: o texto dramático é modelado pelo mercado e os contextos de produção dramática tendem a esbater o rosto do autor e emprestam às peças dramáticas, que ainda se não definem como literatura, uma configuração precária e indecisa. Porém, as pressões dissolventes das instância autoral, à partida inviabilizando a identificação da voz do dramaturgo e do lugar que a ironia ocupa no texto, cedem em Christopher Marlowe (1564-1593) perante os direitos de uma irredutível presença. A suvversão lúdica da memória clássica, em celebração ambígua do conquistador, do desejo herético do poder e do saber, a sedução pelos jogos do excesso e do grotesco ou ainda a desembaraçada expressão de uma perturbadora identidade marginal, momentos de um percurso experimental descontínuo, correspondem simultaneamenteà irreverência provocatória do criador heterodoxo e a um sentido de oportunidade do produtor que sabe manter o interesse do seu público investindo nesta relação uma equívoca cumplicidade. A condição social do artista e o estatuto da arte dramática numa sociedade aristocrática iluminam em grande medida o radicalismo da revolta e a insubordinação iconoclasta das personagens; a liberdade vigiada do teatro ajuda a compreender as * estratégicas de persuasão de que o arrojo da representação se reveste; e o cepticismo dognático revelado no corpo irregular da criação marlowiana insinua o reducionismo da tese e amortece as virtudes compreensivas e dialécticas da supervisão irónica.
Tipo de Documento Tese de Doutoramento
Idioma Português
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