Autor(es):
Magalhães, Maria Manuela Almendra
Data: 1999
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10216/10042
Origem: Repositório Aberto da Universidade do Porto
Descrição
A tendência para separar a formação em contexto de trabalho, da formação escolar, parece pressupor que os contextos de trabalho e exercício profissional dos enfermeiros não são produtores de competências profissionais, que importam reconhecer e integrar no reconhecimento da própria profissão.As tendências analisadas sugerem que o hospital é apenas um espaço de exercício de competências profissionais adquiridas nos contextos de formação, e não uma organização qualificante que produz, promove e reconhece competências, ao mesmo tempo que contribui para o não reconhecimento e para a desvalorização de outras competências.A ideia de que as organizações são um campo de formação, produtoras de competências profissionais necessárias ao desenvolvimento pessoal e à melhoria da qualidade dos serviços, bem como a ideia de que estas organizações produzem a própria profissão, são relativamente recentes. Estas ideias, exigem no entanto que a enfermagem, num hospital encarado como um espaço qualificante, seja reflectida e incorporada na própria construção da autonomia profissional.É neste contexto que se insere o nosso trabalho.Interessou-nos saber até que ponto o hospital promove o desenvolvimento profissional da enfermagem, até que ponto a sua cultura organizacional aceita e contribui para o desenvolvimento da enfermagem como profissão, para o reconhecimento das suas competências, dos seus saberes e dos papeis que as enfermeiras informalmente exercem.O desenvolvimento da pesquisa fez-se de forma indutiva a partir da problemática e de quatro questões orientadoras. A análise dos dados permitiu-nos caracterizar o quotidiano das enfermeiras que se desenrola em torno de duas faces, contrastantes, do Hospital - A Face Visível, Previsível, Formal Executiva e Qualificada e a Face Invisível, Imprevisível, Informal e Qualificante. Este contraste exprime-se em torno de quatro dimensões. A saber: a comunicação oral e escrita; a complexidade das competências no trabalho não formal e ... Dissertação de Mestrado em Ciências de Enfermagem apresentada ao Instituto de Ciências Biomédicas de Abel Salazar da Universidade do Porto