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Análise da implementação do Projeto PROVE no sul de Portugal

Author(s): Pereira, Alexandre cv logo 1

Date: 2013

Origin: Repositório Institucional do IPBeja

Subject(s): Mercados de proximidade; Agricultura Biológica; Desenvolvimento local; Sustentabilidade; Integridade; Holístico


Description
Dissertação de mestrado em Produção integrada. Instituto Politécnico de Beja, Escola Superior Agrária, 2013 Relacionando a agricultura familiar e a agricultura convencional, este trabalho tem como principal objetivo descrever um diferente canal de escoamento agrícola que as famílias de pequenos produtores utilizam para o incremento dos seus produtos nos mercados, sendo neste caso particular, um circuito de proximidade (sem intermediários). Para além dos agricultores, os agentes que estão a participar na construção social de mercados para os produtos dos circuitos de proximidade são os familiares, vizinhos, proprietários de estabelecimentos comerciais, consumidores urbanos, profissionais da economia rural, universidades, organizações não governamentais, intermediários, associações de desenvolvimento regional, etc. A construção de relações sociais é uma das estratégias que a agricultura familiar da região desenvolve, tendo em vista viabilizar a produção e comercialização dos seus produtos. Em resposta à necessidade de criação de novos canais de escoamento de produtos agrícolas surge em Portugal o projeto PROVE – Promover e Vender, no âmbito da Iniciativa Comunitária EQUAL, em conjunto com várias entidades parceiras que se associaram a um grupo de pequenos produtores dos territórios da Península de Setúbal, Vale do Sousa, Alentejo Central, Mafra e Porto, para melhorar o escoamento das suas produções. O PROVE existe para aproximar produtores e consumidores, renovando as relações de compromisso, solidariedade e ética entre quem produz e quem consome. Deste modo incentiva-se os pequenos produtores a utilizar técnicas amigas do ambiente, apostando em novas formas de comercialização, ajudando os mesmos a rentabilizar os seus produtos. Em simultâneo melhora-se a qualidade dos produtos e promove-se o desenvolvimento dos territórios rurais de forma sustentável, amiga do ambiente em total harmonia relacional com os consumidores, garantindo a sua segurança alimentar, tendo em conta que estas metas são eficazes num modo de produção biológico, com a consequente erradicação de químicos da Produção Agrícola. Em 1952, Hans Peter Rusch, um dos precursores da Agricultura Biológica sublinhava claramente: «Temos necessidade de armas espirituais para o combate da futura era biológica…Aquele que acredita que para fazer Agricultura Biológica é suficiente renunciar aos adubos químicos, praticar a compostagem em superfície, não efetuar tratamentos tóxicos e comprar adubos orgânicos está enganado. Pode, para tal, conformar-se com todas as regras que demos para o solo sem praticar a Agricultura Biológica. Não basta deixar de acreditar apenas nas receitas à base de adubos e de tratamentos químicos, mas renunciar totalmente a essas receitas.» Para atingir estes objetivos é preciso um enorme esforço, em Portugal, concretizando uma mudança de paradigmas e valores transdisciplinares em toda a sociedade, começando com urgência e coragem nos Institutos do Ensino Superior Agrário, apelando assim ao papel interventivo e à função cívico-pedagógica de todos os educativos e criadores de espirito crítico construtivo nas gerações futuras.
Document Type Master Thesis
Language Portuguese
Advisor(s) Regato, Mariana
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