Autor(es):
Moreira, Luís António Ferreira
Data: 2012
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.22/4482
Origem: Repositório Científico do Instituto Politécnico do Porto
Assunto(s): Burocracia; Disfunção; Anarquia organizada; Isomorfismo; Hipocrisia; Sustentabilidade; Bureaucracy; Dysfunction; Organized anarchy; Isomorphism; Hypocrisy; Sustainability; Bureaucratie; Dysfonctionnement; Anarchie organisée; Isomorphisme; Hypocrisie; Viabilité
Descrição
Este trabalho baseia-se num estudo de caso de uma organização do sector da construção
civil e surge da minha preocupação em relação ao facto de que o sucesso das organizações
depende da sua sustentabilidade e esta depende da regulação e da legitimidade
organizacional. A certificação dos Sistemas de Gestão da Qualidade (SGQ) satisfaz estas
duas condições, pois é vista como fonte de oportunidades para melhorar os processos e as
práticas, reduzindo desperdícios operacionais, e para melhorar a identidade e a imagem
organizacional junto das entidades interessadas, melhorando a aceitabilidade no mercado.
Partindo deste pressuposto, adopto sistema teórico que focaliza a organização formal e a
organização informal dos Sistemas de Gestão da Qualidade. Para isso, começo por
convocar a teoria da burocracia de modo a analisar a dimensão formal da gestão e
certificação dos Sistemas de Gestão da Qualidade. Posteriormente, e para melhor entender
a organização burocrática da qualidade, convoco a teoria sobre disfunções da burocracia,
de modo a identificar efeitos não intencionados, o modelo da anarquia organizada, para
abordar a dimensão mais incerta e ambígua da Gestão da Qualidade e, por fim, a teoria
institucional para captar a importância da isomorfização e da hipocrisia organizacional.
Deste modo, abordando a dimensão formal e informal e a complexidade da Gestão da
Qualidade, esta pesquisa oferece leitura interrogativa e preocupante acerca da
sustentabilidade organizacional, mais concretamente a relação entre Gestão da Qualidade e
sustentabilidade organizacional. This essay is based on a case study of an organization in the building construction sector
and comes from my worry regarding the fact that the success of the organizations depends
on their sustainability and this sustainability depends on the organizational regulation and
legitimacy.
The Quality Management Systems (QMS) certification meets these two conditions,
because it is seen as a source of opportunities to improve processes and practices, reducing
operational wastes and improving de organizational image and identity of the companies
among interested organizations, improving their acceptability in the market.
On this assumption, I adopt a theoretical system that focuses on the formal and informal
organization of the Quality Management Systems. For this, I star to call upon the
bureaucracy theory in order to analyze the formal dimension of the management and
certification of the Quality Management Systems. After that, and to better understand the
bureaucratic organization of the quality, I call upon the theory about the dysfunctions of
bureaucracy, in order to identify unintentional effects, the organized anarchy model, to
approach the most uncertain and ambiguous dimension of the quality management and, for
last , the institutional theory to capture the importance of the isomorphism and
organizational hypocrisy. In this way, approaching the formal and informal dimensions and
the complexity of the Quality Management, this research provides a preoccupying and
questioning reading about organizational sustainability, more specifically the relationship
between Quality Management and organizational sustainability. Ce travail est basé sur une étude de cas d'une organisation de l'industrie de la construction
et vient de mon inquiétude quant au fait que le succès des organisations dépend de leur
durabilité et cela dépend de la légitimité réglementaire et organisationnel. Certification des
Systèmes de Management de la Qualité (SMQ) répond à ces deux conditions, il est
considéré comme une source d'opportunités pour améliorer les processus et les pratiques,
en réduisant les déchets d'exploitation et d'améliorer l'image et l'identité organisationnelle
avec les parties prenantes, l'amélioration de acceptabilité sur le marché.
Dans cette hypothèse, j'adopte système théorique qui met l'accent sur l'organisation
formelle et l'organisation informelle des Systèmes de Management de la Qualité. Pour ce
faire, commencez par appeler la théorie de la bureaucratie d'examiner la taille de la gestion
formelle et la certification des Systèmes de Management de la Qualité. Par la suite, et de
mieux comprendre l'organisation bureaucratique de la qualité, que j'appelle la théorie des
dysfonctionnements de la bureaucratie, afin d'identifier les effets non intentionnels, le
modèle de l'anarchie organisée, d'aborder la dimension plus incertaine et ambiguë de la
Gestion de la Qualité et, finalement, la théorie institutionnelle de saisir l'importance de
l'isomorfisation et l'hypocrisie organisationnelle. Ainsi, s'adressant à la taille et à la
complexité de la Gestion de la Qualité formelle et informelle, cette recherche propose
interrogative lire et se préoccuper de la viabilité organisationnelle, plus précisément la
relation entre la Gestion de la Qualité et de la viabilité organisationnelle.