Author(s):
Lopes, Paula
Date: 2009
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.22/1233
Origin: Repositório Científico do Instituto Politécnico do Porto
Description
A adaptação protésica, como meio técnico de reabilitação auditiva é amplamente
utilizada nas situações em que a perda de audição se torna, pelos mais diversos motivos,
penalizadora. Mas a adaptação de próteses auditivas só faz sentido quando integrada
num processo de reabilitação que contemple também o aconselhamento e o
acompanhamento do utilizador de amplificação auditiva. O objectivo de qualquer
programa de reabilitação é, como a própria expressão indica, habilitar ou voltar a
habilitar o indivíduo que dele usufrui, ultrapassando uma determinada incapacidade,
seja ela congénita ou adquirida. A reabilitação auditiva congrega múltiplas dimensões,
das quais a autonomia (manutenção e/ou o incremento) é uma das principais. No caso
do indivíduo idoso a perda auditiva, para além de penalizante socialmente, é também
um factor de desmotivação e de angústia perante a fase da vida que está a atravessar.
Para um estudo transversal da reabilitação auditiva versus princípio da autonomia,
foram seleccionados dezasseis processos clínicos de indivíduos idosos utilizadores de
próteses auditivas. Desses processos que constituem a amostra teórica deste estudo,
foram analisados os seus conteúdos à luz de uma metodologia qualitativa, a grounded
theory, com a garantia de confidencialidade total.
Após a análise dos dados recolhidos, verificou-se que as respostas às questões que
orientaram este trabalho iam surgindo baseadas na construção teórica, entretanto
elaborada.
Em resumo, uma das conclusões que se tira desta investigação, é que existe de facto um
fio condutor interactivo entre processo de reabilitação auditiva e autonomia, mesmo
quando a sua leitura é fruto de opiniões recolhidas através de uma amostra de processos
clínicos, respeitantes a uma população com características particulares, como é o caso
da população idosa.