Author(s):
Streck, Danilo R.
; Moretti, Cheron Zanini
Date: 2013
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10437/4622
Origin: ReCiL - Repositório Científico Lusófona
Subject(s): EDUCAÇÃO; EDUCATION; COLONIALISMO; COLONIALISM; PEDAGOGIA; PEDAGOGY
Description
Este ensaio, baseado em pressupostos da obra de Paulo Freire, propõe-se a
discutir a pedagogia latino-americana e a produção de conhecimento numa
perspectiva de superação da colonialidade pedagógica. A primeira parte deste
estudo se dedica a situar as práticas educativas de caráter emancipatório na
América Latina no contexto pedagógico atual, em movimentos sociais e na universidade,
buscando identificar algumas de suas principais marcas. Em seguida,
detém-se na recuperação de elementos da memória em torno da idéia de colonialidade
e a superação da mesma na e com a educação. Por fim, apresentam-se
algumas contribuições do tensionamento entre a colonialidade e a insurgência
para a pedagogia latino-americana: a) no diálogo horizontal entre conhecimentos
em busca de metodologias próprias; b) como território de resistências ou
movimento de lugares e tempos diversos; e, c) na busca da latinidade negada
ou o aprender nas fronteiras. José Martí, Simón Rodríguez e os zapatistas são
algumas referências na busca pela memória pedagógica latino-americana e
interlocutores privilegiados na problematização desta pedagogia que se compreende
um processo aberto, onde superar a colonialidade a partir das tensões
produzidas nas insurgências pedagógicas significa antecipar, ensaiar, as possibilidades
emancipadoras, endógenas e autênticas. The purpose of this essay, based on assumptions of Paulo Freire’s work, is to discuss Latin-American
pedagogy and the production of knowledge from the perspective of the struggle to overcome pedagogical coloniality. The first part of the study is dedicated to situate the educational practices of emancipatory character in Latin America in the current pedagogical context, in social movements and in the university, identifying some of its main characteristics. Following, there is a brief recovery of historical information around the issue of coloniality and its overcomig in and through
education. At the end of the essay, there are presented some contributions to think through
the tension between coloniality and insurgency in Latin American Pedagogy: a) the horizontal
dialogue between knowledges in the search for alternative methodologies; b) the territories of resistance as representing the movement between diverse spaces and temporalities; c) the search for the negated Latinity or the frontier knowing.
José Martí, Simón Rodríguez and the zapatistas are important references in the search for the Latin
American pedagogical memory, and will be taken as key authors in the problematization of this pedagogy which understands itself as an open
process, where overcoming coloniality starting from the tension produced through pedagogical insurgencies means to anticipate and rehearse emancipatory possibilities, endogenous and authentic. Le travail, fondé sur des préssuposés de l’leuvre de Paulo Freire, propose de discuter la
pédagogie latino-américaine et la production de
connaissances sous une perspective transgressant la «colonialidade pedagógica » (pédagogie colonisatrice). La première partie de cette recherche s’intéresse à localiser les pratiques
éducatives qui ont un caractère émancipatif en Amérique Latine dans le contexte pédagogique actuel, à des mouvements sociaux e à l’université, identifiant certaines de ses principaux aspects.
Par la suite, nous aborderons la récupération des éléments de la mémoire autour de l’idée de
« colonialidade » et de son dépassement dans et avec l’éducation. Finalement, nous présentons
quelques contribuitions de la tension entre la « colonialidade » et l’insurrection pour la
pédagogie latino-americaine : a) dans le dialogue
horizontal entre les conaissances à la recherche de méthodologies propres ; b) comme territoire
de résistance ou mouvement de lieux et temps divers ; et, c) à la recherche de « latinidade »
niée ou l’apprentissage dans les frontières. José Martí, Simón Rodríguez et les zapatistes sont
quelques réfèrences dans la recherche pour la mémoire pédagogique latino-américaine et des
interlocuteurs privilégiés dans la problématisation de cette pédagogie. On la comprend comme
un processus ouvert, où transgressent la «colonialidade » à partir des tensions produites
des insurrections pédagogiques signifie anticiper, tester, les possibilités émancipatrices, endogène et authentiques.