Autor(es):
Campos, Elisa Maria
Data: 2006
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10437/444
Origem: ReCiL - Repositório Científico Lusófona
Assunto(s): TECNOLOGIAS DA SAÚDE; BIOQUÍMICA; OXIDAÇÃO; FERMENTAÇÃO; BIOCHEMISTRY; OXIDATION
Descrição
Em primeiro lugar, definiremos o âmbito da disciplina de bioquímica. Veremos assim como,
à medida que a química orgânica se tornava na química dos compostos de carbono, houve necessidade de criar um novo ramo de química que se dedicasse, quer ao estudo dos constituintes e processos
do organismo a química fisiológica , quer à interacção de diferentes áreas de investigação (química orgânica, fisiologia e biologia). Foi desta convergência que a bioquímica emergiu, nos finais do século XIX. Seguiremos depois o desenvolvimento das ideias e conceitos de fotossíntese, oxidação, respiração
e fermentação, cujo esclarecimento forneceu a base química da função celular; e, ainda, como o estudo destes fenómenos da vida foi retardado, quer pela oposição dos químicos à participação de uma entidade biológica a levedura na química da fermentação, quer pelo esquecimento a que Pasteur votou a química, apesar de ter identificado a função da levedura, perdendo a descoberta das enzimas, força vital da fermentação e ponte de ligação entre a química e a biologia. Foi esta interacção entre as culturas química e biológica que permitiu demonstrar a unidade da natureza em todos os aspectos do crescimento celular
e funções das plantas, animais e microorganismos.
O nosso objectivo é mostrar os esforços desenvolvidos na explicação dos fenómenos biológicos nos organismos vivos e a permeabilidade da biologia, da medicina e da agricultura a conceitos e métodos químicos. No decorrer destes esforços, houve uma complexa e contínua interacção entre química e biologia, na qual se envolveram muitos cientistas de diferente formação. Revista Lusófona de Ciências e Tecnologias da Saúde