Autor(es):
Monteiro, Carla
; Fontes, Ana
; Matos, Rita
; Rodrigues, Ana Isabel
; Pereira, Paulo
; Costa, Maria do Céu
Data: 2010
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10437/2245
Origem: ReCiL - Repositório Científico Lusófona
Assunto(s): MEDICINA; ANTIBIÓTICOS; ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS; MEDICATION ADMINISTRATION; MEDICINE; ANTIBIOTICS
Descrição
O objectivo do presente estudo foi o de avaliar o nível de conhecimentos sobre a utilização correcta de antibióticos por parte de uma amostra da população de Lisboa, e quais as variáveis que influenciam a sua utilização.
Estudo transversal, de base populacional, de 500 indivíduos (424 respostas válidas) com idade igual ou superior a 18 anos, na região de Lisboa, entrevistados sobre a utilização de antibióticos.
A frequência de utilização de antibiótico para tratar uma infecção foi de 94,3% contra 4,7% da amostra de respondentes que
nunca recorreu à utilização de antibiótico para curar uma infecção, salientando-se que 10,1% dos indivíduos referiram a
utilização de Clamoxil. Inquiridos sobre a prescrição do antibiótico, 88,0% dos indivíduos responderam que quem aconselhou a
tomar foi o médico de família, tendo 85,8% dos indivíduos feito o tratamento durante o tempo indicado. De todos os
respondentes, 81,4% tomaram o medicamento no horário correcto. Dos inquéritos válidos, 69,3% dos indivíduos revelaram já
terem praticado auto-medicação independentemente de a mesma ter sido praticada uma ou mais vezes ou recentemente ou
mesmo no passado, contra 29,2% que nunca praticou.
Pode concluir-se que a maioria da amostra da população de Lisboa estudada possuía conhecimentos teóricos correctos sobre a utilização adequada de antibióticos, em contradição com a atitude de 69,3% dos mesmos inquiridos que revelaram ter já feito auto-medicação. Os valores percentuais observados relativamente ao desvio do padrão de conhecimentos correctos, reflectem a
necessidade de se implementar programas específicos de intervenção educacional sobre a utilização racional de antibióticos
para grupos de risco.