Autor(es):
Martins, Pedro; Centro de Estudos de Doenças Crónicas. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade Nova de Lisboa. Lisboa. Portugal.
Serviço de Imunoalergologia. Hospital de Dona Estefânia. Centro Hospitalar Lisboa Central. Lisboa. Portugal.
Centro de Investigação. Hospital de Dona Estefânia. Centro Hospitalar Lisboa Central. Lisboa. Portugal.
; Belo, Joana; Centro de Estudos de Doenças Crónicas. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade Nova de Lisboa. Lisboa. Portugal.
Serviço de Imunoalergologia. Hospital de Dona Estefânia. Centro Hospitalar Lisboa Central. Lisboa. Portugal.
; Marques, João; Centro de Estudos de Doenças Crónicas. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade Nova de Lisboa. Lisboa. Portugal.
Serviço de Imunoalergologia. Hospital de Dona Estefânia. Centro Hospitalar Lisboa Central. Lisboa. Portugal.
; Papoila, Ana Luísa; Departamento de Bioestatística e Informática. Centro de Estudos Anglísticos. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade Nova de Lisboa. Lisboa. Portugal.
Centro de Investigação. Hospital de Dona Estefânia. Centro Hospitalar Lisboa Central. Lisboa. Portugal.
; Caires, Iolanda; Centro de Estudos de Doenças Crónicas. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade Nova de Lisboa. Lisboa. Portugal.
; Araújo-Martins, José; Centro de Estudos de Doenças Crónicas. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade Nova de Lisboa. Lisboa. Portugal.
; Pedro, Catarina; Centro de Estudos de Doenças Crónicas. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade Nova de Lisboa. Lisboa. Portugal.
; Rosado-Pinto, José; Serviço de Imunoalergologia. Hospital da Luz. Lisboa. Portugal.
; Virella, Daniel; Centro de Investigação. Hospital de Dona Estefânia. Centro Hospitalar Lisboa Central. Lisboa. Portugal.
; Leiria-Pinto, Paula; Centro de Estudos de Doenças Crónicas. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade Nova de Lisboa. Lisboa. Portugal.
Serviço de Imunoalergologia. Hospital de Dona Estefânia. Centro Hospitalar Lisboa Central. Lisboa. Portugal.
; Neuparth, Nuno; Centro de Estudos de Doenças Crónicas. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade Nova de Lisboa. Lisboa. Portugal.
Serviço de Imunoalergologia. Hospital de Dona Estefânia. Centro Hospitalar Lisboa Central. Lisboa. Portugal.
Data: 2014
Origem: Acta Médica Portuguesa
Descrição
Introdução: A prevalência de alergia a fármacos na população geral não se encontra devidamente caraterizada, existindo poucos estudos publicados que tenham abordado esta situação em crianças com idades inferior a seis anos de idade. Este estudo tem como objetivo principal estimar a prevalência de alergia a medicamentos reportada pelos pais de crianças de infantários de Lisboa e do Porto.Material e Métodos: No âmbito da Fase II do projeto “ENVIRH – Ambiente e Saúde em Creches e Infantários” foi aplicado um questionário sobre alergia a medicamentos aos pais das crianças, recrutadas por amostragem aleatória estratificada dos infantários.Resultados: Foram analisados 1 169 questionários, 52,5% de rapazes. A idade média foi de 3,5 ± 1,5 anos. A prevalência de alergia a medicamentos reportada foi de 4,1% (IC 95%: 3,0 - 5,2%). Os fármacos mais referidos foram os antibióticos (em 27 reações) e os AINEs (em seis reações). Na análise multivariável, a alergia a medicamentos reportada associou-se diretamente com a idade da criança (OR 1,19; IC 95% 1,01 - 1,41) e com a referência a alergia alimentar (OR 3,19; IC95% 1,41 - 7,19) e inversamente com o nível de escolaridade dos pais (OR 0,25; IC95% 0,10 - 0,59).Discussão: Apesar das limitações do estudo, os resultados encontram-se de acordo com o reportado por outros autores e sugerem que a prevalência reportada de alergia a medicamentos seja elevada no grupo etário estudado.Conclusão: Torna-se necessário que situações de alergia a medicamentos reportadas pelos pais sejam devidamente estudadas, no sentido de evitar evicções desnecessárias que possam condicionar opções terapêuticas em futuras situações de doença.Palavras-chave: Creches; Criança; Hipersensibilidade a Medicamentos; Prevalência; Portugal. Introduction: Data about drug allergy prevalence in the general population, particularly in children, are lacking. This study aimed to estimate the prevalence of parent-reported drug allergy, in children attending day care centers in Lisbon and Oporto.Material and Methods: In Phase II of the “ENVIRH study – Environment and Health in Children Day Care Centers”, a health questionnaire which included questions about drug allergies was administered to children by stratified, random sampling of day care centers.Results: The final analysis included 1,169 questionnaires, 52.5% from boys. The mean age was 3.5 ± 1.5 years. The prevalence of reported drug allergy was 4.1% (95% CI: 3.0 - 5.2%). The most frequently reported drugs were antibiotics (27 cases) and NSAIDs (in 6 cases). In the multivariate analysis, reported drug allergy was directly associated with age (OR 1.19; 95% CI 1.01 - 1.41) and reported food allergy (OR 3.19; 95% CI 1.41 - 7.19). It was inversely associated with the level of parental education (OR 0.25; 95% CI 0.10 - 0.59).Discussion: Even though the limitations of the study our results are in accordance with those reported by previous authors and suggest that there is a high prevalence of reported drug allergy in the considered age group.Conclusion: A correct assessment of these situations is needed in order to avoid unnecessary drug evictions.Keywords: Child Day Care Centers; Child; Drug Hypersensitivity; Prevalence; Portugal.