Autor(es):
Lima, Mariana; Departamento de Microscopia, Laboratório de Biologia Celular. Instituto de Ciências Biomédicas de Abel Salazar. Universidade do Porto. Porto. Portugal.
; Sousa, Mário; Departamento de Microscopia, Laboratório de Biologia Celular. Instituto de Ciências Biomédicas de Abel Salazar. Universidade do Porto. Porto. Portugal.
; Oliveira, Cristiano; Serviço de Ginecologia e Obstetrícia. Centro de Genética da Reprodução Prof. Alberto Barros. Porto. Portugal.
; Silva, Joaquina; Serviço de Embriologia. Centro de Genética da Reprodução Prof. Alberto Barros. Porto. Portugal.
; Teixeira Da Silva, José; Serviço de Ginecologia e Obstetrícia. Centro de Genética da Reprodução Prof. Alberto Barros. Porto. Portugal.
; Cunha, Mariana; Clinical Embryologists. Centro de Genética da Reprodução Prof. Alberto Barros. Porto. Portugal.
; Viana, Paulo; Clinical Embryologists. Centro de Genética da Reprodução Prof. Alberto Barros. Porto. Portugal.
; Barros, Alberto; Departamento de Genética. Faculdade de Medicina do Porto. Porto. Portugal.
Data: 2013
Origem: Acta Médica Portuguesa
Descrição
Introduction: Ovarian Hyperstimulation Syndrome is a complication of controlled ovarian hyperstimulation during cycles of Assisted Medical Reproduction. The objective of this work was to analyze those cycles to achieve a better knowledge of this pathology, namely risk factors and strategies for prevention and treatment of Ovarian Hyperstimulation Syndrome . Materials and Methods: Retrospective analysis of 4870 ART cycles (2005 - 2011), with moderate (27) and severe (24) Ovarian Hyperstimulation Syndrome . Data was analyzed for patients’ characteristics, stimulation protocol, embryologic and clinical outcomes, and treatment performed. Results: In Ovarian Hyperstimulation Syndrome groups the mean ages and the doses of rFSH + HMG were lower, and the serum E2 levels, doses of HCG, number of oocytes retrieved as well as the rates of blastocyst, biochemical and clinical pregnancy, implantation, newborns, very preterm birth and newborns with low and very low weight were significantly higher. Patients with severe Ovarian Hyperstimulation Syndrome were hospitalized and received only support measures with no complications. Discussion: Ovarian Hyperstimulation Syndrome is associated with conditions that can bring risk to the fetus, namely prematurity and low birth weight, so the pregnancy should be carefully monitored in these cases. Conclusions: Young age is a risk factor for Ovarian Hyperstimulation Syndrome and high serum E2 levels may predict a higher risk too and thus should induce the adoption of prevention strategies. Introdução: A Síndrome de Hiperestimulação Ovárica é uma complicação da hiperestimulação controlada do ovário realizada nos ciclos de reprodução medicamente assistida . O objetivo deste trabalho foi efetuar uma análise desses ciclos, para melhor compreensão daquela patologia, nomeadamente fatores de risco, formas de prevenção e tratamento da mesma e suas consequências. Materiais e Métodos: Análise retrospetiva de 4870 ciclos de reprodução medicamente assistida (2005 - 2011) com Síndrome de Hiperestimulação moderado (27) e grave (24). Foram estudados, os dados das características dos doentes, protocolos de estimulação, resultados embriológicos e clínicos, e tratamento efetuado. Resultados: No grupo com Síndrome de Hiperestimulação Ovárica a idade média foi inferior, a dose de rFSH + HMG foi mais baixa e os níveis de estradiol foram mais elevados. Nos grupos com Síndrome de Hiperestimulação, as taxas foram significativamente superiores para o número médio de ovócitos e blastocistos obtidos, de gravidez bioquímica e clínica, de implantação e de recém-nascidos. O parto muito pré-termo e a proporção de recém-nascidos com peso baixo e muito baixo foram superiores no grupo com Síndrome de Hiperestimulação Ovárica. As doentes com Síndrome de Hiperestimulação Ovárica grave foram hospitalizadas tendo apenas sido necessária medicação de suporte. Discussão: A Síndrome de Hiperestimulação Ovárica foi associada a condições de risco para o feto, nomeadamente prematuridade e baixo peso ao nascimento, devendo manter-se uma vigilância apertada da gravidez nestes casos. Conclusão: A idade jovem constitui um fator de risco de Síndrome de Hiperestimulação Ovárica e o nível de estradiol elevado foi preditor do mesmo, devendo levar à adoção de estratégias de prevenção.