Author(s):
Godinho, Ana Beatriz; Departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Medicina da Reprodução. Hospital de Santa Maria. Centro Hospitalar Lisboa Norte. Lisboa. Portugal.
; Martins, Diana; Departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Medicina da Reprodução. Hospital de Santa Maria. Centro Hospitalar Lisboa Norte. Lisboa. Portugal.
; Araújo, Cláudia; Departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Medicina da Reprodução. Hospital de Santa Maria. Centro Hospitalar Lisboa Norte. Lisboa. Portugal.
; Melo, Maria Antonieta; Unidade de Ecografia. Departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Medicina da Reprodução. Hospital de Santa Maria. Centro Hospitalar Lisboa Norte. Lisboa. Portugal.
; Mendes Graça, Luís; Departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Medicina da Reprodução. Hospital de Santa Maria. Centro Hospitalar Lisboa Norte. Lisboa. Portugal.
Date: 2014
Origin: Acta Médica Portuguesa
Description
A existência de uma gravidez gemelar bicoriónica com uma mola hidatiforme completa e um co-gémeo viável é um evento raro, sendo o diagnóstico habitualmente realizado no segundo trimestre. Pode associar-se a tirotoxicose, pré-eclâmpsia, hemorragia vaginal, doença persistente do trofoblasto e morte fetal. Os autores descrevem o caso de uma grávida com hemorragia do primeiro trimestre. As imagens ecográficas foram interpretadas como uma gravidez gemelar bicoriónica com um embrião vivo e outra placenta com imagem de descolamento. Às 16 semanas visualizou-se um feto vivo com placenta posterior e uma massa vacuolada anterior, vascularizada. Perante a hipótese de doença do trofoblasto o casal optou pela interrupção da gravidez. O exame anatomo-patológico confirmou o diagnóstico. Perante a raridade desta entidade clínica, é necessário um elevado índice de suspeição para estabelecer oseu diagnóstico ecográfico. Apesar de estarem descritos casos com um bom desfecho materno e neonatal, a decisão de continuação da gravidez deve ser tomada pelos progenitores. A complete hydatiform mole coexisting with a live, viable twin is a rare event. The diagnosis is challenging, and is normally achieved only at second trimester. It may be associated with thyrotoxicosis, vaginal bleeding, preeclampsia, fetal death or persistent throphoblastic disease. The authors describe the case of a pregnant woman presenting with first trimester bleeding. Ultrasound revealed a twin pregnancy with a viable twin and another placenta apparently detached. At 16 gestational weeks ultrasound revealed a live fetus with a normal placenta and a separate vacuolated and vascularized mass. Facing the hypothesis of gestational trophoblastic disease, the couple chose pregnancy interruption. Given the rarity of this situation, a high index of suspicion is needed to achieve the diagnosis. Despite the existence of case reports with good fetal and maternal outcome, the decision of pregnancy continuation should be madeby the informed parents.