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Estado de Nutrição, Hábitos Alimentares e Dispêndio Energético em Crianças com ...

Autor(es): Guerra, Paula cv logo 1 ; Almeida, João cv logo 2 ; Rego, Carla cv logo 3 ; Nunes, Teresa cv logo 4 ; G. Vaz, Luisa cv logo 5 ; Silva, Diana cv logo 6 ; Lourenço, Susana cv logo 7 ; Ribeiro, Laura cv logo 8 ; M. Guerra, António J. cv logo 9

Data: 2014

Origem: Acta Pediátrica Portuguesa

Assunto(s): Fibrose quística; nutrição; calorimetria indirecta; criança.


Descrição
O presente trabalho tem como objectivo avaliar o estado de nutrição, a composição corporal e a função respiratória de um grupo de crianças com fibrose quística sem evidência clínica ou laboratorial de infecção recente, assim como o de conhecer os seus hábitos alimentares e determinar o valor do dispêndio energético de repouso medido por calorimetria indirecta e o avaliado pelas equações de Schofield, da Organização Mundial de Saúde e de Fleish.População e métodos: a população é constituída por 10 crianças (8 raparigas e 2 rapazes), do total de 40 crianças com fibrose quística que frequentam a consulta de Pneumologia Pediátrica do Hospital de São João do Porto, e por 10 crianças saudáveis (8 raparigas e 2 rapazes) com idêntica média etária, seleccionados entre os filhos dos profissionais de saúde do Departamento de Pediatria.Procedeu-se à avaliação dos hábitos alimentares (frequência alimentar e recolha da dieta das 24 horas), do estado de nutrição (peso, estatura e pregas cutâneas) e do dispêndio energético de repouco e do corrigido para a actividade. No grupo da fibrose quística foi ainda avaliada a função respiratória (provas funcionais respiratórias).Resultados: os indicadores do estado de nutrição, peso e altura expressos em % para o percentil 50, bem como o teor de massa magra (Kg) mostraram valores significativamente inferiores nos indivíduos com fibrose quística relativamente às crianças saudáveis (p<0.05).Foi registado um suprimento energético e em macronutrientes por Kg de peso significativamente superior no grupo de crianças com fibrose quística relativamente ao grupo de controlo (p<0.01).Registou-se, ainda, no grupo da fibrose quística uma subvalorização do metabolismo basal (MB) avaliado pelas fórmulas em relação ao valor obtido por calorimetria, sendo mesmo a diferença significativa quando utilizada a equação de Schofield (p<0.05). 0 MB calculado por calorimetria indirecta no grupo da fibrose quística foi significativamente superior quando expresso por Kg de massa magra (p<0.01), mantendo-se ainda esta diferença, embora com menor significado estatístico, quando reportado ao peso (p<0.05).Conclusão: os valores referentes ao gasto energético são claramente superiores no grupo da fibrose quística, particularmente quando expressos relativamente à massa magra. As fórmulas habitualmente utilizadas para o cálculo do MB tendem a subestimar o seu valor, pelo que se considera recomendável a utilização da calorimetria para aquele fim.
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