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Via Aérea em Obstetrícia

Autor(es): Marques, Anabela; Serviço de Anestesiologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Portugal cv logo 1 ; Carvalhas, Joana; Serviço de Anestesiologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Portugal cv logo 2

Data: 2014

Origem: Revista da Sociedade Portuguesa de Anestesiologia

Assunto(s): Medicina perioperatória; Anestesia; Abordagem da Via Aérea; Intubação Endotraqueal ; Obstetrícia; Algoritmo; Anesthesia; Perioperative Care; Airway Management; Algorithms; Intubation, Intratracheal; Obstetrics; Pregnancy; Respiratory Aspiration


Descrição
A abordagem da via aérea na população obstétrica continua a ser um verdadeiro desafio para o anestesiologista por várias razões. As alterações anatómicas e fisiológicas associadas à gravidez são responsáveis pelo desenvolvimento rápido de hipoxemia em caso de apneia. Existe ainda risco aumentado de regurgitação e aspiração do conteúdo gástrico. As situações de urgência ou emergência em obstetrícia aumentam o risco de dificuldade na abordagem na via aérea, em doentes já potencialmente portadores de via aérea difícil. A evolução da prática anestésica, com o aumento no recurso à anestesia/analgesia loco-regional, entre outros condicionantes, tem vindo a limitar a manutenção das aptidões em intubação endotraqueal na população obstétrica. Para limitar o risco de via aérea difícil nesta população é importante conceder prioridade à anestesia loco-regional e efetuar uma avaliação cuidadosa da via aérea , no sentido de detetar as situações previsivelmente difíceis. A existência de material adequado e algoritmos de via aérea difícil é essencial nas unidades obstétricas. O treino através das técnicas de simulação assume um papel de grande interesse para o aperfeiçoamento e manutenção das competências neste contexto particular. O nosso objetivo com este artigo é realizar uma revisão sobre os problemas associados à gestão da via aérea na população obstétrica, em função da evolução recente das práticas em anestesia obstétrica, e propor um algoritmo de via aérea difícil em obstetrícia.  Airway management in obstetrics remains a true challenge for several reasons. The anatomical and physiological modifications related to pregnancy are responsible for hypoxemia as well as an increase of the risk of inhalation of gastric contents. The emergency context increases the risks of difficulties with airway management, which justify the classification of the obstetric population as potential difficult airway. The evolution of the practices, with the considerable rise of the regional analgesia/anesthesia limits the training and the maintenance of competences for intratracheal intubation in obstetrics. For limiting the risk of difficult airway on this population is important to give priority to regional analgesia/anesthesia and perform a careful evaluation of the predictive criteria of difficult intubation or ventilation. The adapted material and algorithm for difficult intubation must be available in the labor wards and operatory rooms. The training per simulation appears particularly interesting on the subject. Our objective with this article is reviewing problems related to the airway management in obstetrics, taking into account the recent evolutions and propose an obstetric failed intubation algorithm.
Tipo de Documento Artigo
Idioma Português
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