Document details

Síndrome EEC – ectrodactilia, displasia ectodérmica, fenda lábio-palatina


Description
Criança de 30 meses, sexo feminino, seguida em consulta de Pediatria por malformações dos membros detetadas à nascença. Antecedentes familiares de ectro/sindactilia das mãos/pés na irmã, mãe e múltiplos familiares em 2º/3º grau da linhagem materna, sem diagnóstico estabelecido. À observação salienta-se ectrodactilia/sindactilia bilateral dos pés (Figura 1), duplicação da falange terminal do 1º dedo das mãos (Figura 2), tricodisplasia, hipotricose e hipodontia com incisivos conóides. Apresenta défice auditivo neurossensorial e desenvolvimento estaturo-ponderal e psicomotor adequado. Colocou-se a hipótese de síndrome ectrodactilia-displasia ectodérmica-fenda labiopalatina (EEC), posteriormente confirmada. Atualmente mantém seguimento multidisciplinar.A Síndrome EEC é uma doença rara1, autossómica dominantede expressão variável2. Resulta de mutações ao nível do cromossoma 3 e 73, relacionadas com o desenvolvimento da ecto-mesoderme4. A ectrodactilia/sindactilia são os achados clínicos mais comuns (85-90%), daí também se designar por síndrome da “garra de lagosta”5. As alterações ectodérmicas mais frequentes são tricodisplasia, hipotricose, distrofia ungueal e alterações dentárias. A fenda lábio-palatina surge em 60-70% dos casos4,5. Alterações oculares (alterações do aparelho lacrimal, queratites, úlceras), otológicas e do sistema nervoso central podem estar presentes, mas são menos específicas4,5. Na maioria das vezes o diagnóstico é clínico, dispensando-se o estudo genético. O acompanhamento deve ser, como no presente caso, multidisciplinar4.
Language Portuguese
Editor(s) nenhuma
delicious logo  facebook logo  linkedin logo  twitter logo 
degois logo
mendeley logo

Related documents

No related documents


    Financiadores do RCAAP

Fundação para a Ciência e a Tecnologia Universidade do Minho   Governo Português Ministério da Educação e Ciência Programa Operacional da Sociedade do Conhecimento EU