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Adolescentes portugueses e o bullying escolar: estereótipos e diferenças de género


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A violência escolar, em particular o bullying, constitui uma espécie de «nó cego» para as comunidades educativas e, de modo geral, para a sociedade. Na lógica de uma compreensão contextual e profunda da vida escolar de adolescentes, desenvolvemos um estudo sensível às especificidades das interações entre pares, direta ou indiretamente relacionadas com manifestações de bullying. Nesta perspetiva, pretendemos verificar se o género masculino, enquanto catalisador preferencial destas abordagens agressivas, mantém nos dias de hoje, o seu status de bullying face ao género feminino. Descrevemos e analisámos a prevalência das múltiplas formas de vitimação ocorridas entre pares, através de um questionário aplicado a 360 alunos do 7º ano do ensino básico, sendo 168 (46,7%) do género feminino e 192 (53,3%) do masculino, com idades compreendidas entre os 11 e os 16 anos (X =12,36 e + = 0,773). Os principais achados da pesquisa indicam não haver diferenças de género, estatisticamente significativas, com exceção aos tipos de vitimação física e de exclusão. Decorre dessa constatação, no confronto com outras que, da mesma forma, emergem dos esforços para desvelar a realidade educativa das crianças e jovens, que compõem o corpo de alunos da escola pública portuguesa, o indicativo de uma necessidade inadiável: garantir, pela vigência plena das próprias funções da escola, o direito à participação e à autonomia, no que se afirmam diferentes dimensões da cidadania, dessas categorias sociais geracionais.
Document Type Article
Language Portuguese
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