Autor(es):
Silva, Pedro Morais; Serviço de Imunoalergologia / Immuneallergology Department, Hospital de Santa Maria EPE, Centro Hospitalar Lisboa
Norte, Lisboa, Portugal
; Mendes, Ana; Serviço de Imunoalergologia / Immuneallergology Department, Hospital de Santa Maria EPE, Centro Hospitalar Lisboa
Norte, Lisboa, Portugal
; Costa, Ana Célia; Serviço de Imunoalergologia / Immuneallergology Department, Hospital de Santa Maria EPE, Centro Hospitalar Lisboa
Norte, Lisboa, Portugal
; Barbosa, Manuel Pereira; Serviço de Imunoalergologia / Immuneallergology Department, Hospital de Santa Maria EPE, Centro Hospitalar Lisboa
Norte, Lisboa, Portugal
Data: 2014
Origem: Revista da Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia
Assunto(s): Anti-allergic agents; Antibodies, monoclonal; Histamine H1 antagonists; Drug therapy, combination; Urticaria.; Antialérgicos; Anticorpos monoclonais; Anti-histamínicos-H1; Terapia combinada; Urticária
Descrição
Chronic urticaria (CU) is characterized by an evanescent, itchy wheal and flare reaction that does not resolve completely after 6 weeks. It is a relatively frequent disease that causes significant morbidity. Its therapy with drugs other than H1-antihistamines has not yet been exhaustively studied, but recently some promising treatment options have been described. We describe a case of severe, corticosteroid-dependent CU that was resistant to conventional treatment with high doses of H1-antihistamines. In this case, treatment with omalizumab, an anti-IgE monoclonal antibody, allowed control of urticaria symptoms and permitted corticosteroid interruption. No adverse reactions were reported and the drug remained effective during 18 months of therapy. We present a review of the available literature concerning the use of omalizumab in CU, emphasizing information about its long-term efficacy. A urticária crónica (UC) consiste num quadro cutâneo de duração superior a 6 semanas, caracterizada pelo aparecimento de lesões máculo-papulares eritematosas e pruriginosas, com uma duração individual inferior a 24 horas. É uma patologia relativamente frequente que causa morbilidade significativa. Atualmente, o seu tratamento com fármacos para além dos anti-histamínicos-H1 não foi exaustivamente estudada. Descrevemos um caso de UC grave, resistente à terapêutica convencional com doses elevadas de anti-histamínicos-H1, corticodependente, no qual o tratamento com o anticorpo monoclonal anti-IgE omalizumab permitiu o controlo da urticária e a interrupção de corticoides sistémicos. Não se observaram reações adversas e o fármaco permaneceu eficaz ao longo de 18 meses de terapia. É posteriormente apresentada uma revisão da literatura relativa à utilização deste fármaco, com ênfase nas suas características a longo prazo.