Autor(es):
Salvador, Marlene; Interna de Pediatria Médica/Resident, Pediatrics, Hospital Rainha Santa Isabel - Torres Novas, Centro Hospitalar
Médio Tejo, Portugal
; Rodrigues, Marília; Interna de Pediatria Médica/Resident, Pediatrics, Hospital Rainha Santa Isabel - Torres Novas, Centro Hospitalar
Médio Tejo, Portugal
; Cordeiro, Ana; Assistente de Pediatria Médica /Consultant, Pediatrics, Hospital de Dona Estefânia, Centro Hospitalar Lisboa Central, Portugal
; Paiva Lopes, Maria João; Assistente Graduada de Dermatologia/Graduated Consultant, Dermatology and Venereology, Hospital de Santo António dos Capuchos, Centro Hospitalar Lisboa Central, Portugal
Data: 2014
Origem: Revista da Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia
Assunto(s): Child; Infant; Immunoglobulin E; Lactose intolerance; Milk hypersensitivity; Milk proteins; Criança; Imunoglobulina E; Intolerância à lactose; Hipersensibilidade a leite; Proteínas do leite
Descrição
Cow’s milk protein allergy is an increasingly prevalent and more prolonged disease. Cow’s milk protein allergy is the most common food allergy in infants with a prevalence of approximately 2% to 3%. It may develop even in exclusively breastfed infants. It can manifest through a wide variety of symptoms depending on whether the type of immune response is IgE or non-IgE mediated. Symptoms and signs related to cow’s milk protein allergy may involve many different organ systems, mostly the skin and the gastrointestinal tract. Among the skin manifestations, urticaria and angioedema are likely the most common, followed by atopic dermatitis, pruritus, diffuse erythema and maculopapular rash. Cow’s milk protein allergy is suspected clinically in a large number of children. An incorrect diagnostic workup often leads to unnecessary dietary restrictions that may affect growth and development of children. This article presents a practical approach for the diagnosis and management of suspected cow’s milk protein allergy according to age and symptom severity. A alergia a proteínas do leite de vaca é uma patologia cada vez mais prevalente e de duração mais prolongada. Constitui a alergia alimentar mais comum na primeira infância, atingindo 2 a 3% dos lactentes e crianças. Pode apresentar-se logo após o nascimento, inclusive em lactentes alimentados exclusivamente com leite materno. A apresentação clínica é heterogénea e inespecífica e depende do tipo de resposta imunológica ser IgE ou não IgE mediada. Pode atingir vários órgãos e sistemas, mais frequentemente a pele e o sistema gastrintestinal. Dentre as manifestações cutâneas, a urticária e o angioedema são as mais comuns, seguidas da dermite atópica, prurido, eritema generalizado e exantema máculo-papular. O elevado número de crianças alvo de suspeita clínica e a realização de um diagnóstico incorrecto da alergia a proteínas do leite de vaca, leva, muitas vezes, a dietas de evicção desnecessárias e até prejudiciais ao seu crescimento e desenvolvimento. Neste artigo é revista a marcha diagnóstica na suspeita de alergia a proteínas do leite de vaca e a abordagem terapêutica de acordo com a gravidade das manifestações e a idade das crianças.