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Os bons ares do barrocal algarvio : a tuberculose em ferroviários internados no...

Autor(es): Matos, Vitor cv logo 1 ; Santos, Ana Luísa cv logo 2

Data: 2014

Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10316/26056

Origem: Estudo Geral - Universidade de Coimbra

Assunto(s): Tuberculose pulmonar; Sanatório; Arquivos hospitalares; Companhia de Caminhos de Ferro


Descrição
Os arquivos sanatoriais constituem uma importante fonte informativa para o conhecimento da paleoepidemiologia e da história social da tuberculose (TB). O sanatório Carlos Vasconcelos Porto (SCVP), inaugurado em 1918 em S. Brás de Alportel (Algarve), foi a primeira instituição privada em Portugal dedicada ao tratamento da tuberculose pulmonar. Até 1952 os doentes admitidos eram funcionários, exclusivamente do sexo masculino, da Companhia dos Caminhos-de-Ferro. A investigação que se apresenta consistiu no estudo dos 128 processos clínicos ainda preservados no arquivo do SCVP relativos a doentes internados entre 1931 e 1944, ou seja, quando os antibióticos anti-tuberculosos e a vacina B.C.G. ainda não estavam disponíveis.Neste período o tratamento sanatorial preconizava a implementação do regime da ‘tríade higiénica’ e a aplicação das técnicas de colapsoterapia. A investigação realizada revelou que a idade de admissão situou-se entre os 25 e os 70 anos, sendo a média 40,7 anos, e o tratamento durou em média 337,2 dias, variando entre 3 dias e quase sete anos. Durante o internamento o peso dos doentes oscilou entre a perda de 10,5 Kg até ao aumento de 41,5 Kg, sendo 7,6 Kg a variação global do peso. O regime sanatorial não era eficaz em todos os casos como demonstram os 22 (17,2%) doentes falecidos no SCVP. Este estudo traz novas evidências para a história dos sanatórios e da tuberculose em Portugal e demonstra a importância da preservação de arquivos das instituições de saúde.
Tipo de Documento Parte ou capítulo de livro
Idioma Português
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