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Utilização de alguns marcadores (Enzima Conversora da Angiotensina, Neopterina,...

Autor(es): Baganha, M.F. cv logo 1 ; Abreu, F. cv logo 2 ; Marques, M.A.T. cv logo 3 ; Macedo, M. cv logo 4 ; Pêgo, M.A. cv logo 5 ; Lima, M.A. cv logo 6 ; Mesquita, L. cv logo 7 ; Robalo Cordeiro, C. cv logo 8 ; Mota-Pinto, A. cv logo 9 ; Ferrer Antunes, A. cv logo 10 ; Teixeira, M.L. cv logo 11 ; Chieira, L. cv logo 12 ; Alcobia, C. cv logo 13 ; Sousa, A. cv logo 14 ; Leite, I. cv logo 15 ; Azevedo-Bernarda, R. cv logo 16 ; Santos-Rosa, M. cv logo 17 ; Morais, J.C.T. cv logo 18 ; Robalo Cordeiro, A.J.A. cv logo 19

Data: 1992

Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10316/25481

Origem: Estudo Geral - Universidade de Coimbra

Assunto(s): Enzima Conversora da Angiotensina; Neopterina; Hidroxiprolina; 67Ga


Descrição
Em publicações anteriores tivemos oportunidade de demonstrar que indivíduos submetidos à inalação profissional de fibras de asbesto podem desenvolver uma alveolite subclínica dependente da concentração parenquimatosa deste material, expressa através do número de corpos asbestósicos/ml de expectoração e/ou de líquido de lavagem broncoalveolar (LLBA). Agora, numa amostra mais alargarda (15 indivíduos não fumadores, com uma média de idades de 57,87±7,62 anos e um tempo médio de exposição de 25,87±7,11 anos), tentamos estudar esta alveolite através da utilizaçao de alguns marcadores (doseamentos da enzima conversora da angiotensina e da neopterina, tanto no sangue como no LLBA; doseamento da hidroxiprolina na urina de 24 horas; fixação pulmonar do 67Ga). Os resultados obtidos, os quais foram analisados em função do número de corpos asbestósicos/ml de expectoração e/ou de LLBA (>1 Grupo I; <1 Grupo II), permitiram-nos verificar o seguinte: Os níveis séricos da enzima conversora da angotensina sérica (SACE) encontravam-se normais, tanto individual como globalmente. No entanto, as taxas séricas eram significativamente (p<0.001) mais elevadas no Grupo I (34,72±11,97) em relação ao Grupo II (13,5±2,69); esta diferença, igualmente significativa (p>0.001), acompanhava os valores detectados no LLBA 7,66±2,53/1,86±2,18). A neopterina, genericamente elevada (8,58±5.0nmol/l), tanto no sangue como no LLBA, apresentava valores séricos particularmente altos no Grupo II (6,29±3.09nmol/l), enquanto que no LLBA eles eram praticamente sobreponíveis (2,47±0,23/2,23±1,56nmol/l). Quanto à hidroxiprolina, os respectivos níveis na urina de 24 horas nunca ultrapassaram os limites máximos da normalidade, não existindo entre os dois grupos diferenças estatisticamente significativas (13,9±6,69/11,61±4,32mg/24h/m2). A fixação pulmonar do 67Ga era normal em 63% dos casos e só em quatro indivíduos (dois de cada grupo) se mostrou alterada: um caso compatível com o grau II e três com o grau III. Face a estes resultados, e após a sua discussão, os autores concluem que os indivíduos com uma concentração parenquimatosa em fibras de asbesto que se expressa por um número de corpos asbestósicos >1/ml de expectoração e/ou de LLBA, podem desenvolver uma alveolite linfocitária com elevação das células CD4 e da relação CD4/CD8 em contraste com o sangue periférico onde o número e a relação destas células permanecem normais. As variações detectadas nos níveis séricos e alveolares da enzima conversora da angiotensina sérica e da neopterina, acompanhadas de valores normais da eliminação urinária da hidroxiprolina e do escasso número de indivíduos que fixaram o 67Ga apontam para a ausência de fibrose parenquimatosa nestas situações ou para a sua existência em quantidades muito diminutas, sem tradução clínica ou radiológica, permitindo enquadrar as perturbações celulares observadas a nível do pulmão profundo destes operários no âmbito das alveolites subclínicas.
Tipo de Documento Artigo
Idioma Português
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