Author(s):
Gonçalves, Valter Fernando Pereira.
Date: 2012
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10316/21504
Origin: Estudo Geral - Universidade de Coimbra
Subject(s): Conciliação; Vida privada; Vida profissional; Enfermeiros; Organizações
Description
A presente investigação parte do pressuposto de que a existência de conciliação da vida privada com a vida profissional é de extrema importância para a vida dos indivíduos e para o seu desempenho profissional. Nesse sentido, procurou-se conhecer a realidade dos enfermeiros portugueses. Importou assim compreender qual o apoio das organizações de saúde, das chefias e dos colegas e qual a influência das caraterísticas sociodemográficas, laborais e profissionais dos enfermeiros portugueses na conciliação da vida privada com a vida profissional.
Foi realizado um estudo quantitativo, transversal, do tipo descritivo-correlacional, com uma amostra de 925 enfermeiros portugueses, tendo sido considerado para este estudo o apoio das organizações de saúde, chefias e colegas para com a vida privada dos enfermeiros, as características sociodemográficas, laborais e profissionais dos enfermeiros portugueses e o tempo dedicado por estes à vida privada, nomeadamente nas esferas da família, do lazer e da comunidade.
Os resultados indicam a não existência de relação entre o tempo dedicado à vida privada e o apoio das organizações, chefia e colegas. No entanto, verificou-se a existência de diferenças no tempo dedicado à vida privada segundo as características sociodemográficas (idade, género e estado civil) e segundo as caraterísticas laborais/profissionais dos enfermeiros portugueses (tempo de exercício profissional, categoria profissional, área de trabalho, modalidade de horário de trabalho e carga horária total semanal). Relativamente ao apoio das organizações, chefias e colegas para com a vida privada dos enfermeiros portugueses verificaram-se diferenças segundo as variáveis laborais/profissionais, tais como a área de trabalho e a modalidade de horário de trabalho, não se tendo verificado diferenças segundo as variáveis sociodemográficas consideradas para este estudo.
Face ao exposto, é necessário que as características segundo as quais se verificaram diferenças no tempo dedicado à vida privada e no apoio das organizações, chefias e colegas, sejam tidas em consideração, que as organizações, chefias e colegas assumam uma posição favorável para com a vida privada dos enfermeiros portugueses e que estes beneficiem de apoios formais e informais que proporcionem uma melhor conciliação da sua vida privada com a vida profissional, traduzindo-se em ganhos quer para os enfermeiros portugueses quer para as organizações de saúde.
vida profissional, enfermeiros, organizações Dissertação de mestrado em Gestão e Economia da Saúde, apresentada à Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, sob a orientação de Maria Manuela Frederico Ferreira.