Autor(es):
Margato, Micaela Alexandra Figueiredo
Data: 2004
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10316/18268
Origem: Estudo Geral - Universidade de Coimbra
Assunto(s): Populações especiais; Bem-estar psicológico; Percepção de si; Deficientes mentais
Descrição
Objectivo de estudo: avaliar o Autoconceito físico, a Autoestima e a Imagem Corporal em indivíduos com paralisia cerebral, praticantes de actividade física regular e ocasional.
Metodologia: 64 indivíduos com paralisia cerebral, dos quais 50 são indivíduos do género masculino e 14 do género feminino, com idades compreendidas entre os 15 e os 44 anos, sendo a média de idades e desvio padrão do género masculino de 27,82 ± 9,00 anos e do género feminino de 31,00 ± 7,69 anos. Do total de indivíduos que constituem a amostra, 46 são atletas que praticam actividade física regularmente e 18 praticam actividade física ocasionalmente. Dos indivíduos de prática desportiva regular, 30 são atletas que competem a nível nacional e 16 são atletas que competem a nível internacional e paralímpico.
Os instrumentos de medida utilizados foram: a Escala de Autoconceito Físico do Self Description Questionnaire III de Marsh & O’Neill (1984); a Escala de Autoestima de Rosenberg (1965); o Questionário de Imagem Corporal de Bruchon-Schweitzer (1987), complementados com uma ficha de caracterização individual.
No que diz respeito ao tratamento estatístico, utilizámos a estatística descritiva (média, desvio padrão e distribuição de frequências), R produto momento de Pearson, regressões múltiplas (stepwise method) e na estatística inferencial, recorremos à análise da variância – One Way Anova e o teste T de Student.
Os resultados obtidos após o tratamento estatístico permitiram-nos concluir que existem diferenças estatisticamente significativas entre as autopercepções no domínio físico e a Autoestima, em função da variável prática desportiva; existem diferenças estatisticamente significativas entre o factor Actividade/Passividade da Imagem Corporal, em função da variável género; existem diferenças estatisticamente significativas entre a Autoestima, em função da variável origem da deficiência, no grupo de indivíduos de prática desportiva ocasional; existem diferenças estatisticamente significativas entre as autopercepções no domínio físico e a Autoestima, em função da variável frequência de prática; existem diferenças estatisticamente significativas entre as autopercepções no domínio físico e a Autoestima, em função da variável nível competitivo.
Relativamente à organização hierárquica, os resultados permitiram concluir que Autoconceito Físico surge, nos grupos de indivíduos de prática regular, de ambos os géneros e ainda no grupo de indivíduos de género feminino de prática ocasional, como um resultado generalizado de percepções relativas à Competência Física e a Aparência Física e, como um mediador entre a Autoestima Global e os subdomínios. No grupo de indivíduos de género masculino de prática ocasional, a inabilidade do Autoconceito Físico para predizer, cria algumas questões acerca da utilidade do Autoconceito Físico no modelo hierárquico em estudo. Deste modo, em indivíduos com deficiência, podemos concluir que a organização hierárquica do modelo de Autoconceito funciona de modo ligeiramente diferente daquilo que até agora foi encontrado para indivíduos sem deficiência. Dissertação de licenciatura apresentada à Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física.
Tipo de Documento
Dissertação de Licenciatura
Idioma
Português
Orientador(es)
Teixeira, Ana Maria; Ferreira, José Pedro Leitão