Autor(es):
Mendes, António Jorge Barata Carvalho
Data: 2009
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10316/17315
Origem: Estudo Geral - Universidade de Coimbra
Assunto(s): Artrose; Joelho; Exercício fisico
Descrição
A doença osteoarticular é uma das patologias mais prevalentes na população ocidental, sobretudo junto da população mais envelhecida. A clínica que lhe está inerente condiciona profundas alterações no estilo de vida dos doentes com forte repercussão na sua qualidade de vida e integração social e familiar.
Muitas vezes encarada como uma alteração degenerativa da cartilagem, sabe-se hoje que muitos outros factores contribuem para as manifestações clínicas desta patologia, nomeadamente a fraqueza muscular e o tipo de trabalho e carga a que as articulações são submetidas. Também a obesidade desempenha um papel fundamental no surgimento e progressão desta patologia, nomeadamente a nível das articulações de carga, como o joelho. Pensa-se que esta relação está não só dependente do excesso de carga articular que um indivíduo com excesso de peso impõe às suas articulações, como também determinadas substâncias produzidas pelo tecido adiposo terão um papel nas vias metabólicas que culminam no processo artrósico, nomeadamente as adipocinas como a leptina. O exercício físico ao provocar um trabalho extra sobre a articulação poderia igualmente desempenhar um papel no aparecimento desta patologia. Contudo, quando praticado de forma e quantidade moderada, tem um papel protector, contribuindo para uma cartilagem mais saudável, uma maior força muscular e uma menor incidência da obesidade sobre os seus praticantes, todos factores de protecção para o aparecimento desta patologia.
Neste trabalho é feito uma abordagem global à artrose, com maior focalização na artrose do joelho – gonartrose – analisando a sua epidemiologia, patogenia e principais factores de risco, com especial atenção para o exercício físico e qual a sua relação com esta patologia. É também feita uma revisão da clínica, meios de diagnóstico e suas vantagens relativas, e principais modalidades de tratamento para esta doença, mais uma vez avaliando o papel que o exercício físico pode ter na terapêutica ou reabilitação funcional destes doentes.