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Ansiedade e habilidades psicológicas em atletas de andebol

Autor(es): Leal, Miguel Abrantes cv logo 1

Data: 2005

Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10316/16176

Origem: Estudo Geral - Universidade de Coimbra

Assunto(s): Andebol; Psicologia do desporto; Ansiedade; Habilidades psicológicas


Descrição
Este estudo teve como objectivo avaliar as habilidades psicológicas e o nível de traço e estado de ansiedade competitiva em atletas masculinos de andebol. Procurou também discriminar a influência da idade, dos anos de experiência, tempo de treino, da posição em campo, nível desportivo e acompanhamento ou não, por parte de um psicólogo desportivo, sobre as diferentes dimensões das habilidades psicológicas e sobre o nível de traço e estado de ansiedade competitiva e respectivas sub-escalas. A amostra foi constituída por 115 atletas de nacionalidade portuguesa, do género masculino, praticantes federados na modalidade de andebol, com idades compreendidas entre os 18 e os 38 anos, com uma média de 25,30 ± 4,34 anos, que competiram na Liga Profissional de Andebol de 2004/2005. A todos os sujeitos da amostra, foram aplicados os questionários de “Esperiências Atléticas”, “Reacções à Competição” e “Estado de Ansiedade Competitiva”, versões traduzidas dos questionários, “Athletic Coping Skills Inventory – 28” (ACSI – 28), “Sport Anxiety Scale (SAS) e Competitive State Anxiety Inventory – 2 (CSAI – 2) respectivamente. Para o presente estudo, a análise e tratamento estatístico dos dados, foi realizada através do programa “Statistical Package for Social Sciences – SPSS for Windows” (versão 13.0). Dos resultados obtidos neste estudo, podemos constatar que de todas as competências psicológicas avaliadas, as dimensões rendimento máximo sobre pressão e confiança e motivação para a realização, foram aquelas onde os atletas da Liga Profissional de Andebol apresentaram os valores médios mais elevados. Enquanto que a dimensão ausência de preocupações foi a competência psicológica em que os atletas apresentaram os valores médios mais baixos. No que se refere ao traço de ansiedade competitiva, a escala de ansiedade somática é aquela que apresenta uma média mais elevada, sendo a perturbação da concentração aquela que apresenta uma média mais baixa . Relativamente aos valores do estado de ansiedade competitiva, a auto-confiança é a sub-escala que apresenta os resultados médios mais elevados, seguindo-se a ansiedade cognitiva. A ansiedade somática é aquela que apresenta valores médios mais baixos. Os resultados obtidos evidenciaram também, a existência de uma relação entre algumas das competências psicológicas e o nível de traço e estado de ansiedade competitiva com as variáveis, idade, anos de experiência na modalidade e o nível desportivo dos atletas. Relativamente à idade verificou-se que os atletas com mais de 30 anos tendem a manter maiores níveis de concentração e a sentirem-se menos ameaçados, alcançando bons níveis de rendimento sobre pressão competitiva, quando comparados com atletas mais novos. Verificámos que à medida que a idade dos atletas aumenta, o traço de ansiedade diminui, devido à redução de níveis de ansiedade somática e preocupação, no entanto não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas no que diz respeito ao estado de ansiedade competitiva. Podemos constatar ainda, que quanto maior for a experiência dos atletas na modalidade, maior será a sua capacidade de concentração e a sua confiança e motivação para a realização. Os níveis de traço e de estado têm tendência a baixar devido à redução dos índices de preocupação e de ansiedade cognitiva. Os resultados indicaram que os atletas de elite evidenciam melhores competências ao nível do confronto com a adversidade, na formulação de objectivos e preparação mental, no rendimento máximo sobre pressão e nos recursos pessoais de confronto. Em termos de traço e estado de ansiedade competitiva, os atletas de elite demarcam-se dos restantes atletas ao apresentarem valores médios de preocupação muito baixos, e em contraste apresentam valores médios muito altos de auto-confiança. Dissertação de licenciatura apresentada à Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física.
Tipo de Documento Dissertação de Licenciatura
Idioma Português
Orientador(es) Gaspar, Pedro
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