Autor(es):
Lagarto, Sandra
; Mendes, Maria Filomena
Data: 2012
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10174/8864
Origem: Repositório Científico da Universidade de Évora
Assunto(s): Portugal; população idosa; diversidade regional; tendências de mortalidade; causas de morte
Descrição
Existem indícios de que a população portuguesa está a envelhecer de forma desigual nas várias regiões do país. A partir dos dados disponíveis no Eurostat, estudámos as tendências de mortalidade e variações associadas no período de 1994 a 2006, entre a população idosa portuguesa, por sexo, grupo etário e por causa de morte, procurando estabelecer diferenças regionais. Estas ocorrem apenas, pontualmente, por sexo, mas, sobretudo, entre o grupo etário dos 65 aos 69 anos e o dos 85 ou mais anos, no que se refere às principais causas de morte. Das seis causas seleccionadas, três são dominantes entre a população idosa: doenças do sistema circulatório, neoplasias e doenças do sistema respiratório. Para além destas considerámos também as doenças endócrinas, as doenças do sistema digestivo e as causas indefinidas. Em termos de variação, os óbitos por doenças endócrinas sofreram, no período em análise, aumentos acentuados em todo o país, enquanto os relativos às doenças do sistema circulatório diminuíram. Globalmente, a região Centro apresentava as maiores diferenças, no que se refere ao afastamento entre as duas principais causas de morte e as restantes. Por sua vez, os Açores e a Madeira apresentavam, em certos aspectos, padrões, quer de tendência das taxas brutas de mortalidade, quer da sua variação, por sexo, grupo etário e causa, diferentes dos observáveis nas regiões do Continente, não podendo, no entanto, considerarem-se regiões homogéneas entre si. Este trabalho ilustra as diferenças regionais entre as causas de morte dominantes entre a população idosa portuguesa.