Author(s):
Monteiro, Maria Filomena Mourato
; Pereira, Marízia Clara Menezes Dias
; Tereno, Maria do Céu Simões
Date: 2013
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10174/8846
Origin: Repositório Científico da Universidade de Évora
Subject(s): Planeamento. Áreas verdes. Hortas urbanas. Participação social.
Description
Na cidade de Évora, durante a última metade do século XX, construíram-se em áreas específicas da urbe
diversos empreendimentos habitacionais de carater social. Na zona da Horta das Figueiras edificou, o
Estado primeiro e posteriormente o município, vasta área habitacional financiada em parte por dinheiros
públicos. Tais fogos destinaram-se a famílias de baixos rendimentos e a técnicos superiores que quisessem
trabalhar em Évora. Destinados essencialmente ao aluguer, constatou-se que maioritariamente os
arrendatários tinham uma origem rural tendo-se mudado para a cidade por razões económicas. No início
dos anos 90, do século passado, a consolidar tal mancha habitacional promoveram-se alguns contratos de
desenvolvimento, entre a Câmara Municipal de Évora, o Instituto Nacional de Habitação e empresas de
construção civil as quais através de verbas com baixos juros edificaram fogos e comércios para venda a
preços reduzidos. Foi para este leque populacional que o município eborense decidiu, em finais dos anos
80, realizar um projeto de hortas urbanas. Tal resolução foi originada pelo elevado nível freático de um
espaço sobrante situado muito próximo do traçado da ferrovia e que obviamente não poderia ser destinada
a edificação. Os parâmetros gerais de densidade urbana e espaço verde necessário administrativamente
para esta vasta área urbana assim como os limitados meios monetários existentes para a realização e
manutenção de um tão amplo espaço verde induziram a administração a concretizarem um projeto, à data
pioneiro em Évora: hortas urbanas.