Author(s):
Diniz, Aires
; Bonito, Jorge
Date: 2010
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10174/8363
Origin: Repositório Científico da Universidade de Évora
Subject(s): Sobral Cid; ensino experimental; ciências; liceus
Description
Poderá parecer estranho que um Ministro da Instrução Pública tenha encetado um processo pragmático de fomento do ensino experimental da Física, Química, Biologia, Geologia e Geografia em 1914. É o que vamos analisar em duas partes: uma histórica, onde explicamos a sua génese e desenvolvimento; outra, didáctica e pedagógica em que analisamos a sua valia e actualidade.
Para nós, trata-se de enquadrar o impulso dado por José Sobral Cid numa estratégia nacional, que ele pensou primeiro como professor da Universidade e iniciou mais tarde como Ministro. Como ponto de viragem na história mundial, 1914, ano em que foi Ministro da Instrução Pública, corresponde, para muitos, ao fim da globalização baseada na emigração em massa, significando a primeira guerra mundial um interregno no desenvolvimento do comércio mundial, que só veio a ser retomado após a segunda guerra mundial, e como consequência da Paz.
Em 1914, no Congresso Pedagógico dos Professores Primários, Sobral Cid, aderindo no entender de S. P. de O., às ideias de Rousseau, afirmou: “está banida, por improcedente e mesmo criminosa, a educação e instrução da juventude, baseadas no medo, na opressão e no terror.” Sabemos, também, que em 1913, Sobral Cid tinha visitado a França, a Itália e a Alemanha para nelas observar as clínicas neurológicas e psiquiátrica, demorando-se em Paris e em Frankfurt.