Autor(es):
Correia da Silva, José J.
; Henriques, Pedro
Data: 2012
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10174/8279
Origem: Repositório Científico da Universidade de Évora
Assunto(s): RCCTE; Comportamento térmico; Sombreamento de vãos
Descrição
O comportamento térmico dos edifícios depende, em larga medida, dos ganhos solares verificados através dos vãos envidraçados. Devem os ganhos solares ser otimizados, isto é, durante a estação de aquecimento, os ganhos solares úteis devem ser maximizados e, durante a estação de arrefecimento, as cargas térmicas devidas aos ganhos solares devem ser minimizadas.
Os dispositivos de sombreamento dos vãos envidraçados, devem, tanto quanto possível, provocar o sombreamento dos vãos, durante a estação de arrefecimento e, na medida do possível, não o provocar durante a estação de aquecimento. As palas horizontais para sombreamento de vãos envidraçados são particularmente adequadas a vãos orientados a sul. As palas devem ser dimensionadas de forma a, tanto quanto possível, provocarem o sombreamento dos vãos envidraçados durante a estação de arrefecimento sem que tal aconteça durante a estação de aquecimento.
No entanto, verifica-se que, de uma forma geral, segundo a metodologia de cálculo prevista pelo Regulamento das Caraterísticas de Comportamento Térmico dos Edifícios (RCCTE), a existência de palas horizontais de sombreamento é penalizadora da eficiência energética dos edifícios. Com a presente comunicação, é apresentada uma nova metodologia de cálculo do factor de sombreamento por elementos horizontais. Através desta metodologia, desde que as palas horizontais sejam adequadamente dimensionadas, a sua existência originará necessidades nominais globais de energia primária de um edifício (Ntc) com um valor inferior ao que se obteria se não existissem as referidas palas. Consequentemente, a introdução de palas de sombreamento convenientemente dimensionadas contribuirá para a obtenção de uma mais elevada classe de eficiência energética do edifício.