Autor(es):
Precioso, José
; Araújo, Ana Carolina
; Samorinha, Catarina
; Machado, José
; Becoña, Elisardo
; Ravara, Sofia Belo
; Vitória, Paulo
; Rosas, Manuel
; Bonito, Jorge
; Antunes, Henedina
Data: 2012
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10174/7550
Origem: Repositório Científico da Universidade de Évora
Assunto(s): fumo passivo; fumo ambiental do tabaco; hábitos tabágicos; fatores sociodemográficos
Descrição
Introdução: A exposição das crianças ao Fumo
Ambiental do Tabaco (FAT) está associada a graves
problemas para a sua saúde, tais como maior risco de infeções
agudas das vias aéreas inferiores, maior probabilidade de
infeções respiratórias de repetição, risco acrescido de infeções
nos ouvidos, indução e exacerbação de asma e enfisema
pulmonar. A exposição ao FAT é especialmente grave para as
crianças asmáticas. Esta exposição ocorre, na maioria dos casos, quando os pais e/ou outro convivente fumam no
domicílio e/ou no carro.
Objetivos: 1) Determinar a prevalência de crianças
expostas ao FAT, em casa e no carro; 2) Determinar a
prevalência de crianças asmáticas expostas ao FAT, em casa;
3) Caracterizar o comportamento tabágico dos pais e/ou outros
conviventes em casa e no carro; 4) Identificar fatores
sociodemográficos associados ao consumo de tabaco em casa.
Metodologia: Estudo observacional descritivo
transversal: aplicação de um questionário de
auto-preenchimento a 513 alunos do 4.º ano de escolaridade
(8-11 anos de idade) do Concelho de Braga no ano letivo de
2010/2011.
Resultados: Estão expostas ao FAT: 27,5% das
crianças em casa e 25,1% das crianças que usam o carro.
Fumam em casa: 69,8% das mães e 56,8% dos pais
fumadores. Fumar em casa é mais frequente nos pais com
menor nível socioeconómico (p < 0,01).
Conclusão: A exposição das crianças ao FAT é
elevada. Os pais/mães fumam frequentemente em casa e no
carro, o que justifica uma intervenção preventiva eficaz, que
deverá ser uma prioridade de educação para a saúde, na escola
e por parte dos profissionais de saúde.