Detalhes do Documento

Prevalência de cefaleias numa amostra de adolescentes portugueses

Autor(es): Albuquerque, Carlos cv logo 1 ; Albuquerque, Cristina Paula cv logo 2 ; Bonito, Jorge cv logo 3 ; Rodrigues, Vítor cv logo 4 ; Precioso, José cv logo 5

Data: 2010

Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10174/7544

Origem: Repositório Científico da Universidade de Évora

Assunto(s): adolescentes; cefaleias; educação; saúde


Descrição
As cefaleias são um sintoma de alta prevalência na população geral, sendo queixa frequente na prática clínica. Implicam elevados consumos de cuidados de saúde, especificamente em consultas e medicamentos, e são causa de absentismo laboral e escolar, baixa de produtividade e redução do bem-estar e qualidade de vida. Por estes e outros motivos, as cefaleias são consideradas um importante problema de saúde pública. Neste contexto, o objectivo do presente estudo foi determinar a prevalência de cefaleias em adolescentes portugueses e relacioná-las com alguns factores desencadeantes. Num estudo transversal avaliamos 819 adolescentes com idades compreendidas entre os 14 e 17 anos (média = 14,65; DP = 0,89), sendo 444 (54,2%) do sexo feminino, matriculados em 8 escolas públicas do distrito de Viseu, seleccionadas aleatoriamente com base na sua localização em vilas e cidades. A informação (recolhida em sala de aula) foi obtida através de um questionário de auto preenchimento baseado nos critérios da Sociedade Internacional de Cefaleias. A prevalência de cefaleias no último ano foi de 78,2% (Intervalo de Confiança (IC) 95%: 75,4-81,1). A ocorrência de cefaleias foi significativamente mais frequente em adolescentes com idade superior a 16 anos (Odds Ratio (OR) = 1,9; IC 95%: 1,2-2,7) e no sexo feminino (OR = 3,0; IC 95%: 2,1-4,3). Factores desencadeantes: consumo de chocolates (OR = 2,2 IC 95%: 1,2-4,3), perturbações do sono (OR = 2,9; IC 95%: 1,7-4,8), presença de stress (OR = 2,6; IC 95%: 1,7-4,4), sintomas depressivos (OR = 2,2; IC 95%: 1,4- 4,9), e período menstrual (OR = 3,0; IC 95%: 1,7-6,5). Consequências: mais concretamente, absentismo escolar (OR = 3,0; IC 95%: 1,6-6,2) e idas ao médico (OR = 2,0; IC 95% :1,6-4,6). A cefaleia é um sintoma frequente nos adolescentes. Os resultados do estudo reforçam a ideia da necessidade de se estudar este grupo, visando a promoção e educação para a saúde continuadas, de forma a limitar os factores de risco.
Tipo de Documento Artigo
Idioma Português
Editor(es) Universidade da Beira Interior
delicious logo  facebook logo  linkedin logo  twitter logo 
degois logo
mendeley logo

Documentos Relacionados



    Financiadores do RCAAP

Fundação para a Ciência e a Tecnologia Universidade do Minho   Governo Português Ministério da Educação e Ciência Programa Operacional da Sociedade do Conhecimento União Europeia