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Entre o laboratório, a indústria e a intervenção política e administrativa. O q...

Autor(es): Matos, Ana Cardoso de cv logo 1

Data: 2009

Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10174/6840

Origem: Repositório Científico da Universidade de Évora

Assunto(s): Indústria; Química; José Júlio Rodrigues; Laboratório; Deputado; Fotografia; Imprensa periódica; Divulgação científica


Descrição
No século XIX a ciência aplicada surgiu como o corolário da ideia de progresso e de desenvolvimento económico e social dos países. Como consequência a “elite científica” passou a ter uma intervenção muito directa na vida política e administrativa. Em Portugal o desenvolvimento material do país preconizado pelo Fontismo, que assentava no incremento das comunicações, no progresso tecnológico da indústria e da económica agricultura, na modernização dos espaços urbanos e no incentivo à disseminação da formação técnica, deu uma nova projecção aos detentores de uma sólida formação técnico/científica, que frequentemente foram chamados a desempenhar importantes cargos políticos e administrativos e consultados sobre várias das grandes questões que estavam no centro da política governamental. Na área da química homens como Júlio Máximo de Oliveira Pimental, José Júlio Bettencourt Rodrigues ou Vicente Lourenço associaram a sua actividade científica a uma participação activa na vida política, administrativa e económica do país, desempenhando cargos no Parlamento, na administração local ou em empresas industriais. A sua acção foi determinante no ensino técnico, nomeadamente na Escola Politécnica e no Instituto Industrial de Lisboa, onde introduziram novos métodos de ensino e transmitiram às gerações seguintes conhecimentos técnico/científicos actualizados e uma nova postura face à prática científica, que assentava na aplicação da ciência ao desenvolvimento da economia e da qualidade de vida das populações. Aderindo ao espírito associativo que marcou o século XIX, estes homens foram membros de várias associações e academias, nas quais a “instrução” dos povos surgia como um dos objectivos prioritários. Nesta qualidade pugnaram pela defesa da generalização do ensino primário e técnico e realizaram conferências com o objectivo de divulgar as vantagens da aplicação prática da ciência e da técnica à vida social e económica. Pela sua participação em projectos industriais procuraram potencializar os recursos naturais do país e dar respostas às necessidades que o desenvolvimento económico ia colocando. Neste texto procura-se realizar um estudo de caso centrado em José Júlio Bettencourt Rodrigues, químico que aliou uma carreira de “homem de ciência” ao ensino e à intervenção directa na vida política e económica portuguesa.
Tipo de Documento Parte ou capítulo de livro
Idioma Português
Editor(es) Serrão, José Vicente; Pinheiro, Magda de Avelar; Ferreira, Maria de Fátima Sá e Melo
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