Autor(es):
Vieira, Isabel
Data: 2009
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10174/6044
Origem: Repositório Científico da Universidade de Évora
Assunto(s): aplicações financeiras
Descrição
Quase todas as pessoas gostariam de ter mais dinheiro do que têm, mas poucas saberiam geri-lo de forma razoável se o seu desejo se concretizasse. Em Portugal, como em todo o mundo, dos mais ricos aos menos afortunados, a maioria confia a tarefa de aplicar as suas poupanças a terceiros e demite-se da responsabilidade de tomar decisões nessa matéria. Muitas vezes desconhecem a verdadeira natureza dos investimentos feitos em seu nome, pagam comissões excessivas e só ficam a saber da possibilidade de perdas quando estas acontecem efectivamente.
A gestão do rendimento mensal também não é fácil e, mais uma vez, não o é somente para quem tem salários baixos. Quem pode viver uma vida mais folgada toma regularmente decisões de duvidosa qualidade orçamental. Comprar a crédito bens e serviços que estão para além das suas posses, e confundir o facto de poder pagar uma ou várias prestações com poder, de facto, pagar a totalidade das despesas envolvidas é apenas um dos erros mais comuns.
O endividamento excessivo e o stress relacionado com problemas financeiros têm alastrado, mas quem tem este tipo de problemas raramente pensa que está nas suas mãos resolvê-los. A falta de conhecimentos sobre matérias financeiras é a razão mais comum para tirar dos próprios ombros o peso desta tarefa. Contudo, saber gerir o orçamento familiar e aplicar poupanças é algo tão necessário como cozinhar, cuidar da casa ou educar os filhos. Se só os chefes de cozinha, os especialistas em decoração ou limpezas e os educadores de infância ou professores desempenhassem tais tarefas, o mundo seria no mínimo bizarro.
Não é preciso ser especialista em finanças para ser bom gestor do nosso dinheiro. E a crise até veio demonstrar que sê-lo, só por si, não basta. Como em quase tudo o resto que temos que fazer fora da vida profissional, o bom senso, a ponderação e o conhecimento informal são indispensáveis para levar o barco das finanças pessoais a bom porto.
A formação, obviamente, ajuda, e este livro procura ser um guia na resolução de alguns dos problemas financeiros que mais afectam os portugueses. Nele identificamos as principais regras para organizar a vida financeira, poupar e aplicar dinheiro, de forma segura e compatível com o estilo de vida e a personalidade de cada um.
A abordagem é principalmente intuitiva, e não técnica, pois o livro destina-se a quem não tem formação na área financeira. Não tem fórmulas matemáticas, gráficos ou tabelas de números. Também não contém segredos que ensinem a ficar milionário de um dia para o outro. Se ajudar a evitar que quem o lê fique pobre de um dia para o outro, terá cumprido a sua função.