Autor(es):
Marques da Silva, José Rafael
; Mesquita, Paulo
; Sousa, Adélia
; Silva, Luis Leopoldo
; Serrano, João
; Baptista, Fatima F.
Data: 2010
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10174/5221
Origem: Repositório Científico da Universidade de Évora
Assunto(s): variabilidade espacial; vinha
Descrição
O conceito de terroir no vinho é baseado na observação de que diferentes regiões, vinhas ou mesmo secções diferentes dentro da mesma vinha, podem produzir vinhos com uma identidade muito própria e bem diferente uns dos outros. Os franceses começaram a consolidar este conceito como uma maneira de descrever os aspectos originais de um determinado lugar (solo, topografia e clima), que influencia e molda o vinho feito a partir dele.
Para uma determinada posição geográfica, podemos considerar que o solo e a topografia são fixos no espaço e no tempo, mas não o clima. Na verdade, dentro da mesma vinha, várias regiões microclimáticas podem ser definidas. Os microclimas de uma determinada vinha afectam diferenciadamente a maturação das uvas, criando dessa forma uma variabilidade espacial e temporal da qualidade da uva.
Foram analisadas duas variedades de uva, Aragonês e Trincadeira e para cada variedade foram estudados respectivamente 7 e 6 talhões dentro da vinha do CASITO, pertencente à Fundação Eugénio de Almeida. Nestes talhões e nestas variedades, foi acompanhada a maturação das uvas em três anos consecutivos.
Como resultado constatou-se que existe uma variabilidade espacial e temporal da maturação da uva entre castas e dentro da mesma casta, abrindo desta forma, a possibilidade para a gestão diferenciada de cada parcela. Contatou-se ainda, que a temperatura minima do ar, tem uma elevada correlação com a taxa de maturação da uva e que são necessarios 400 graus-dia para que a maturação da uva ocorra.