Autor(es):
Roberto, José
Data: 2006
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10174/2875
Origem: Repositório Científico da Universidade de Évora
Assunto(s): Controlo de gestão; Desempenho; Envolvente; Estratégia; Organização; Stakeholder
Descrição
Esta pesquisa centra-se na problemática relativa ao modo como as relações de uma organização com as suas audiências intervêm nos processos de criação e distribuição de valor, tendo em conta que qualquer avaliação do desempenho organizacional depende, em última análise, dos critérios pré-definidos para o efeito, ou seja, das expectativas dos stakeholders relevantes.
Com base na literatura (principalmente: Savage et al., 1991; Mitchell et al., 1997; Svendsen, 1998; Agle et al., 1999; Post et al., 2002), e tendo por referência um estudo piloto de carácter exploratório entretanto realizado, arquitectou-se um “quadro conceptual”, assente em 12 proposições, a que se deu o nome de “modelo PLUca”, por causa do papel que nele desempenham os três atributos de Mitchell et al. (poder, legitimidade, urgência) e os dois vectores de Savage et al. (cooperação, ameaça).
Adoptando uma perspectiva epistemológica “pragmatista” (Wicks e Freeman, 1998), a investigação empírica envolveu a análise de sete casos (incluindo o estudo piloto), com recolha de dados alicerçada, fundamentalmente, em “entrevistas semi-estruturadas”.
Uma das principais conclusões desta pesquisa é que: se não houver à partida uma matriz cultural que valorize intrinsecamente a equidade, na satisfação dos diversos interesses em jogo, ou não estiverem reunidas certas condições excepcionais de interpenetração com o contexto, qualquer entidade económico-social (seja qual for o respectivo estatuto jurídico-formal) tenderá a gerir estrategicamente as suas relações com as audiências relevantes, numa perspectiva meramente instrumental.