Author(s):
Santos-Silva, Celeste
; Madeira, Manuel
; Gazarini, Luiz
Date: 2005
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10174/2036
Origin: Repositório Científico da Universidade de Évora
Subject(s): decomposição; herbáceas; libertação nutrientes; posicionamento
Description
Estudou-se a influência do posicionamento da necromassa de herbáceas, à superfície e a 10 cm de profundidade do solo, no processo de decomposição e libertação de nutrientes. Para o efeito, colheu-se no Verão de 1998 a necromassa de herbáceas que cresceram em zonas de montado numa área experimental na região de Évora. O estudo da decomposição teve início em Janeiro de 1999 e decorreu durante dois anos.
A taxa de decomposição da necromassa das herbáceas, calculada para os dois anos de estudo, foi mais baixa para os resíduos dispostos à superfície (HS) (k= -0,849; r2aj= 0,995; n=7) do que para os incorporados no solo (HP) (k= -1,332; r2aj= 0,938; n=7). Nos primeiros 82 dias o decréscimo da MO processou-se a um ritmo semelhante, mas após esse período passou a ser mais rápido nas HP. No final do estudo, as HS apresentavam 23% de MO remanescente e as HP apenas 12%.
A libertação dos nutrientes ocorreu desde o início do processo de decomposição, tendo sido acentuada nos primeiros 82 dias. Verificou-se que, durante esta fase inicial, as proporções remanescentes de N, P, K, Ca e Mg foram mais baixas para as HS do que para as HP. Findo este período, a libertação do N, do P e do Ca foi mais acentuada nas HP do que nas HS.
Os resultados obtidos indicam que o posicionamento dos resíduos de herbáceas influencia as diferentes etapas do respectivo processo de decomposição. Na fase de lixiviação a libertação de nutrientes foi mais acentuada para HS; na fase seguinte, tanto a libertação de N, P e Ca como a decomposição da MO foram mais rápidas para as HP.