Autor(es):
Pinheiro, Lara A.
; Torres, L.
; Santos, Sónia A.P.
Data: 2012
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10198/8966
Origem: Biblioteca Digital do IPB
Assunto(s): Brassicaceae; Brassica barrelieri L.; Bunias erucago L.; Raphanus raphanistrum L.; Hirschfeldia incana (L.) Lagr. -Foss.; Comprimento das asas
Descrição
Os sirfídeos desempenham um papel importante no controlo biológico de pragas em
diversos ecossistemas. No olival, as larvas são particularmente importantes como
predadores naturais de Euphyllura olivina Costa (algodão-da-oliveira). Neste contexto, é
fundamental a existência de um complexo paisagístico enriquecido em infra-estruturas
ecológicas (polén, néctar, meladas ou presas alternativas) para favorecer uma maior
abundância destes inimigos naturais. O conhecimento do efeito das diversas plantas que
ocorrem no olival na condição fisiológica dos sirfídeos constitui uma ferramenta de decisão
quanto à implementação de uma estratégia de luta biológica de conservação no olival. Com
este trabalho pretendeu-se estudar o efeito de quatro espécies de plantas da família das
Brassicaceae (Brassica barrelieri L., Bunias erucago L., Raphanus raphanistrum L. e
Hirschfeldia incana (L.) Lagr.-Foss.) na sobrevivência, crescimento e teores de nutrientes
corporais de Episyrphus balteatus (De Geer) (Díptera: Syrphidae). Assim, os indivíduos
recém-emergidos (<12 horas) foram alimentados com um ramo composto por 6
inflorescências e cada espécie de planta foi fornecida de forma isolada e renovada
diariamente. Para cada modalidade formaram-se 25 casais e o controlo consistiu no
fornecimento de água, que era também adicionada a cada casal alimentado com cada
planta. Este estudo decorreu em sala de criação com condições controladas de temperatura
de 21 "C, humidade de 60-70% e fotoperíodo de 16:8 h luz:escuridão. Para cada indivíduo, foi
avaliada a sobrevivência, o crescimento (através da medição do comprimento das asas) e o
teor de nutrientes corporais (através da quantificação dos teores de frutose, outros
açúcares, glicogénio e lípidos). Os resultados indicam que planta mais eficiente em termos
de sobrevivência (em dias) foi Raphanus raphanistrum L. com uma sobrevivência média de
3,9 dias, seguida de Brassica barre/ieri L. com 3,4 dias. Pelo contrário, os indivíduos dos
ensaios com Bunias erucago L. apresentaram menor sobrevivênci<3 quando comparada com
as outras plantas. No controlo, a sobrevivência média dos indivíduos foi de 1,5 dias. Este
estudo permitiu observar um aumento da sobrevivência e condição fisiológica dos sirfídeos
quando alimentados com plantas da família Brassicaceae.