Autor(es):
Fernandes, Adília
; Magalhães, Carlos Pires
; Mata, Maria Augusta
; Pimentel, Maria Helena
Data: 2012
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10198/8325
Origem: Biblioteca Digital do IPB
Assunto(s): Exercicio físico; Diabetes; Perceção; Controlo
Descrição
A Diabetes Mellitus caracteriza-se por uma hiperglicemia crónica com distúrbios no
metabolismo dos hidratos de carbono, lípidos e proteínas, resultante de deficiências da secreção da
insulina e/ou da sua acção (OMS, 1999), sendo responsável pelo aparecimento de várias
complicações que afetam a qualidade de vida. A prevalência desta doença aumenta com a idade
(OND, 2011). Estudos destacam a importância do exercício físico no controlo glicémico (Silva &
Lima, 2002; Araújo, Prada, Córdova & Prada, 2009), bem como no retardar da ocorrência de
incapacidades e dependências.
Objetivos: - Identificar práticas de exercício físico em idosos diabéticos do ACES Nordeste.
- Conhecer a perceção dos idosos da amostra em estudo acerca da importância do exercício físico no
controlo da doença.
Estudo quantitativo, descritivo e transversal. Através de uma amostragem não
probabilística obteve-se um universo de 356 idosos com diabetes Mellitus. A recolha de dados foi
efectuada através de uma entrevista estruturada mediante a aplicação de um formulário elaborado
para o efeito.Resultados/Discussão: Da totalidade da amostra 52,5% pertencem ao sexo feminino e 47,5% ao
masculino. A idade dos indivíduos situa-se entre os 65 e os 94 anos (média = 74,22±6,43anos). A
maioria reside em meio rural e apresenta baixos níveis de escolaridade. Apenas uma pequena
percentagem refere praticar exercício físico com regularidade (25,8%), percentagem manifestamente
baixa atendendo a que, quer o tratamento, quer o controlo da diabetes deve assentar na tríade
“alimentação/medicação/exercício físico”. A união entre os elementos da tríade é conseguida através
da educação em saúde (APDP, 2011).
Constatámos que 61% da amostra considera a prática do exercício físico regular importante na
melhoria e no controlo da doença e 21,3% apresentam opinião muito concordante a este respeito. No
entanto, 0,6% manifestam opinião discordante e 14,3% não têm opinião sobre esta questão.Conclusão: Considerando a elevada prevalência da diabetes na população portuguesa e, particularmente, na população em estudo, torna-se imprescindível consciencializar as pessoas para anecessidade de alterar comportamentos, orientando-os para estilos de vida mais ativos e saudáveis.
Como refere a OMS (2002) o incremento da qualidade de vida é fulcral no processo de
envelhecimento ativo. Contempla para além dos indivíduos saudáveis e ativos, indivíduos frágeis,
fisicamente incapacitados ou que necessitam de cuidados. De realçar a importância da
promoção/educação para a saúde junto dos utentes e seus familiares. Estas medidas devem articular
os pilares fundamentais do agir em saúde: autocontrolo diário, tratamento farmacológico, atividade
física regular e alimentação equilibrada. Diabéticos e família necessitam de informações objetivas e seguras, assentes em evidências científicas que contribuam para enfrentar as dificuldades inerentes a todo este processo.