Autor(es):
Arrobas, Margarida
; Claro, Ana Marília
; Ferreira, I.Q.
; Rodrigues, M.A.
Data: 2012
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10198/8161
Origem: Biblioteca Digital do IPB
Assunto(s): Olival; Fósforo; Sideração
Descrição
Algumas espécies da família das leguminosas parecem ser particularmente eficientes a mobilizar o
fósforo do solo, através da formação das proteoid roots, podendo desenvolver-se adequadamente em
solos pobres em fósforo. Os tremoceiros e as ervilhacas parecem ser espécies com estas características.
Neste trabalho apresentam-se resultados de duas experiências de campo em que se procurou observar o
efeito das leguminosas usadas como sideração na biodisponibilidade do fósforo no solo recorrendo a uma
técnica de incubação in situ. Os ensaios decorreram em dois olivais situados em Mirandela e em Vila
Flor, sendo o segundo conduzido em modo biológico. Na experiência de Mirandela o delineamento
experimental incluiu três cobertos vegetais: tremoço branco; uma mistura de leguminosas anuais
pratenses; e vegetação natural. Na experiência de Vila Flor foram usados quatro tratamentos: tremoço
branco; ervilhaca; uma mistura de leguminosas pratenses; e vegetação natural. A biodisponibilidade do
fósforo no solo foi determinada através de dois métodos comuns de análises de terras, o método de Olsen
e o método de Egner-Rhiem, a partir de amostras de terra fresca e incubada provenientes da incubação in
situ. A técnica de incubação iniciou-se em Maio de 201 O, após a destruição dos cobertos, e terminou um
ano depois em Maio de 2011. Apesar da elevada variabilidade experimental encontrada, foi possível
detectar algum aumento da biodisponiblidade de fósforo no solo a seguir ao cultivo das leguminosas. O
aumento de biodisponibilidade de P no solo pareceu, contudo, acompanhar o ritmo de mineralização dos
resíduos, devendo-se eventualmente à mineralização de P contido na biomassa e menos ao efeito das
leguminosas na rizosfera.