Autor(es):
Sadio, Alexandre
Data: 2012
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10198/7683
Origem: Biblioteca Digital do IPB
Assunto(s): Prevalência; Inactividade física; Adultos jovens; Cluster comportamental
Descrição
Introdução: Apesar de os benefícios da actividade física (AF) na saúde se encontrarem bem
documentados, o comportamento sedentário é característico da civilização moderna. Entre os
países que compõem a União Europeia, Portugal é um dos que apresenta a maior prevalência
de sedentarismo, no entanto, são escassos os estudos feitos entre importantes grupos de risco,
como é o caso dos adultos jovens, onde os hábitos criados supostamente vão determinar
comportamentos futuros.
Objectivo: Avaliar os padrões de AF dos adultos jovens de uma Instituição de Ensino
Superior e a sua relação com outros determinantes de risco cardiovascular.
Métodos: Estudo observacional descritivo, de base comunitária, com recolha de dados através
de inquérito e de medições objectivas entre Fevereiro e Abril de 2011, em adultos jovens com
idades compreendidas entre 18-25 anos. A população alvo é composta por 1132 alunos
(68,3% do sexo feminino) inscritos na ESEB em 2010/2011, de onde foi seleccionada uma
amostra aleatória de 288 indivíduos (66,7% do sexo feminino), representativa da ESEB. As
avaliações consistiram num questionário estruturado com dados socio-demográficos (sexo,
idade, escolaridade), avaliação comportamental (AF, consumo de frutas/vegetais, consumo de
tabaco e álcool) e medições objectivas (peso, estatura, perímetro da cintura e anca, pressão
arterial).
Resultados: Independentemente do peso corporal a prevalência da prática de AF foi
significativamente superior nos homens vs. mulheres (63,5% vs. 41,4%, p<0,005, na categoria
de peso normal; 64,3% vs. 32,6%, p<0,005, na categoria de excesso de peso/obesidade). As
mulheres avaliadas e classificadas como activas, apresentaram um melhor perfil
comportamental, onde se destaca uma menor prevalência de consumo regular de tabaco
(20,5% nas activas vs. 32,9% nas sedentárias), antropométrico, com uma menor prevalência
de excesso de peso/obesidade (20,5% nas activas vs. 25,0% nas sedentárias) e com menores
valores médios de pressão arterial sistólica (117 mmHg nas activas vs. 118 mmHg nas
sedentárias) e diastólica (71,5 mmHg nas activas vs. 73,9 mmHg nas sedentárias).
Conclusão: As mulheres avaliadas, classificadas como activas, apresentaram um melhor
perfil de risco cardiovascular quando comparadas com as sedentárias. Introduction: Despite the benefits of physical activity (PA) in health being well documented,
sedentary behavior is a characteristic of modern civilization. Among the countries that make
part of the European Union, Portugal is one of the countries with the highest prevalence of
sedentarism. However, there are few studies among important risk groups, such as young
adults, where created habits will determine future behaviors.
Objective: Assess the patterns of PA among young adults from an institution of higher
education and its relationship with other determinants of cardiovascular risk.
Methods: This is a descriptive observational study, community based, with data collection
through an interview and objective measurements performed between February and April of
2011, in young adults aged between 18 to 25. The target population consists of 1.132 students
(68.3% females) enrolled in the 2010/2011 academic year at ESEB. A random sample of 288
individuals (66.7% of females), representative of the ESEB population was selected. The
evaluations consisted in a structured questionnaire with socio demographic data (sex, age,
education), behavioral assessment (PA, consumption of fruit / vegetables, tobacco and
alcohol) and objective measurements (weight, height, waist and hip circumference, arterial
blood pressure).
Results: Independently of the body weight, the prevalence of PA was significantly higher in
men vs. women (63.5% vs. 41,4%, p<0.005, in normal weight category; 64.3% vs. 32.6%,
p<0.005, in overweight/obesity category). Among active individuals and sedentary ones,
women evaluated and classified as active, presented a better behavioral profile, which
highlights a lower prevalence of a regular tobacco consumption (20,5% in the actives vs.
32,9% in the sedentary ones), less prevalence of overweight/obesity (20,5% in the actives vs.
25,0% in the sedentary ones) and lower mean of systolic blood pressure (117 mmHg in the
active vs. 118 mmHg in the sedentary) and diastolic blood pressure (71.5 mmHg in the active
vs. 73.9 mmHg in the sedentary).
Conclusion: Women evaluated, classified as active, presented a better cardiovascular risk
profile compared with sedentary ones.