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Efeito da ripagem prévia seguida de armação do terreno em vala e cômoro na sobr...

Autor(es): Fonseca, Felícia cv logo 1 ; Martins, Afonso cv logo 2 ; Figueiredo, Tomás de cv logo 3 ; Nogueira, Clotilde cv logo 4 ; Guerra, Alzira cv logo 5

Data: 2008

Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10198/5704

Origem: Biblioteca Digital do IPB


Descrição
Na região mediterrânica, onde o período seco é longo e com riscos de se intensificar no futuro, a disponibilidade de água constitui o principal factor limitante à sobrevivência e ao crescimento vegetal. Nestes ambientes, é frequente encontrar solos com fraca capacidade de suporte radical, elevado conteúdo de elementos grosseiros e baixo teor em matéria orgânica, o que tende a limitar o armazenamento de água no perfil do solo, pelo que o sucesso das plantações passa nessas situações, por uma melhoria local da disponibilidade de água através de técnicas de preparação do terreno. Estas, quando conduzidas de forma apropriada, podem beneficiar a sobrevivência e crescimento inicial, e posteriores crescimentos em diâmetro e altura, em comparação com áreas não mobilizadas, por aumento da espessura de enraizamento e redução da competição. Com o propósito de contribuir para o esclarecimento do efeito da ripagem prévia do solo na resposta das plantas (aqui traduzida pelo crescimento em altura e diâmetro, sobrevivência e potencial hídrico foliar), efectuou-se um estudo em povoamentos mistos de Pseudotsuga menziesii (PM) e Castanea sativa (CS) instalados com diferentes intensidades de ripagem prévia seguida de armação do terreno em vala e cômoro, nos seguintes tratamentos: sem ripagem; (SR); ripagem localizada (RL); ripagem contínua (RC). Na avaliação do crescimento e mortalidade das espécies PM e CS, foi observado o estado das plantas e realizadas medições da altura total da parte aérea e diâmetro do caule ao nível do solo de todas as plantas, imediatamente após a plantação e aos 12, 24, 27, 30, 36, 39, 42 e 72 meses. Contabilizou-se a mortalidade antes e depois do período estival, por contagem das plantas mortas, no ano da plantação (2002), nos anos das retanchas (2003 e 2004) e no ano 2005. O potencial hídrico foliar de base, foi medido antes do nascer do sol nas cinco melhores árvores por tratamento e em duas folhas por árvore, no período estival dos anos 2003, 2004 e 2005. Nos tratamentos SR e RL a mortalidade é inferior a 35%, atingindo valores de cerca de 45% no tratamento RC, sendo sempre mais elevada na espécie PM. No tocante aos parâmetros de crescimento das árvores (altura e diâmetro), a intensidade da ripagem mostrou influência negativa, particularmente na espécie CS, seguindo a sequência SR>RL>RC. Os potenciais hídricos foliares de base situam-se acima de –1,00 MPa e, como tal, dentro das condições naturais da vegetação arbórea, mostrando forte dependência do acréscimo do teor de humidade do solo, resultante das precipitações estivais. Quer a taxa de sobrevivência, quer os crescimentos em altura e diâmetro, mostram boa relação com a espessura efectiva, mas mostram-se independentes da ripagem, segundo a sequência SR>RL>RC. Os resultados colocam em evidência a importância da melhoria das condições de enraizamento em profundidade nos primeiros anos de estabelecimento das plantas, e mostram a ineficácia da ripagem prévia neste processo, o que se traduz na possibilidade de redução de custos e de diminuição de impactes da mobilização no solo.
Tipo de Documento Documento de conferência
Idioma Português
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