Autor(es):
Camões, Miguel
; Sadio, Alexandre
; Lopes, Vítor P.
Data: 2011
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10198/5420
Origem: Biblioteca Digital do IPB
Assunto(s): Prevalência; Inactividade física; Adolescentes; Cluster comportamental
Descrição
Introdução: Apesar de os benefícios da actividade física (AF) na saúde se encontrarem bem documentados, o comportamento sedentário é característico da civilização moderna. Entre os países que compõem a União Europeia, Portugal é o país que apresenta a maior prevalência de sedentarismo, no entanto, são escassos os estudos feitos entre importantes grupos de risco, como é o caso dos adolescentes onde os hábitos criados supostamente vão determinar comportamentos futuros. Objectivo: Avaliar os padrões de AF dos adolescentes da Escola Superior de Educação -
Instituto Politécnico de Bragança (ESEB) e a sua relação com outros determinantes de risco
cardiovascular.
Métodos: Estudo observacional descritivo, de base comunitária, com recolha de dados
através de inquérito e de medições objectivas entre Fevereiro e Abril de 2011, em adolescentes com idades compreendidas entre 18-25 anos. O inquérito é constituído por um questionário estruturado com dados socio-demográficos, avaliação comportamental
(AF, ingestão de fruta/vegetais/leguminosas, ingestão de álcool, tabaco e drogas) e
medições objectivas (peso, estatura, composição corporal, perímetro da cintura e anca, pressão arterial). A população alvo é composta por 1132 alunos (68,3% do sexo feminino) inscritos na ESEB em 2010/2011, de onde foi seleccionada uma amostra aleatória de 288 indivíduos (66,7% do sexo feminino), representativa da ESEB. Para avaliar a AF habitual (último ano) foi usado o questionário estruturado EPIPorto, validado em adultos, explorando os diferentes tipos de actividade (horas de sono, profissional, doméstica, lazer e exercício físico/desporto) e detalhando a duração e a intensidade de cada actividade, compreendendo as 24h habituais de cada indivíduo. Adicionalmente, usou-se os
acelerómetros para estimar, de forma objectiva, o dispêndio energético, recorrendo a 4 dias consecutivos (2 dias de semana e 2 dias de fim de semana). Para estimar o dispêndio energético total e por tipo de actividade, recorreu-se ao compêndio de AF baseado nos equivalentes metabólicos de cada actividade (METs). Todos os dados foram recolhidos e analisados em conformidade com as questões éticas impostas pelo estudo em questão. Em consonância com o objectivo específico, as hipóteses a testar são:
H1: Será que, independentemente do peso corporal, os indivíduos do género feminino
apresentam maior prevalência de inactividade?
H2: Será que o padrão de AF auto-reportado se equivale ao objectivamente medido?
H3: Será que o padrão de actividade é constante (semana vs fim de semana)?
H4: Será que apesar dos baixos índices de AF habitual, próprios de uma sociedade
industrializada, os adolescentes se preocupam em aumentar o dispêndio energético nos tempos livres?
H5: Será que existe uma relação de dependência entre determinantes de risco
cardiovascular?