Autor(es):
Praça, Maria Isabel Fernandes
Data: 2012
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10198/3612
Origem: Biblioteca Digital do IPB
Assunto(s): Saúde; Doença; Estado de saúde; Qualidade de vida relacionada com a saúde
Descrição
Este estudo pretende avaliar a percepção da qualidade de vida relacionada com a saúde, numa
amostra constituida por 1111 utentes, maiores de 18 anos, inscritos nos Centros de Saúde do
ACES Trás-os-Montes I – Nordeste.
Realizamos um estudo não experimental, analítico e transversal, desenvolvido com uma
abordagem quantitativa, utilizando um instrumento genérico de avaliação da Qualidade de Vida -
SF 36.
A amostra é maioritáriamente do sexo feminino (71,4%) e a idade oscila entre 18 e 90 anos, com
média de 47,6 e desvio padrão de 18,5 anos. A maioria é casada (61,8%) e 21,8% são solteiros.
Quanto à escolaridade 32,0% possui o ensino básico, 14,8% não têm qualquer habilitação
académica. A maior parte reside em zonas urbanas (57,4%). Profissionalmente activos 59,7%, dos
quais, o grupo profissional mais frequente é pessoal dos serviços e vendedores (23,6%), 11,9%
estão desempregados e 28,5% estão reformados. Têm baixos rendimentos familiares, a maioria
dos utentes inferiores a 1000€, 32,7% menores que 500€. 37,69%dos inquiridos refere realizar
quatro refeições dia, a maioria não pratica exercício físico (63,5%). A maioria dos inquiridos
(73,0%) não consome bebidas alcoólicas e não tem hábitos tabágicos (85,0%). Mais de metade da
amostra (52,0%) referem ter problemas de saúde.
Os resultados demonstram um impacto negativo de algumas variáveis sociodemográficas ao nível
da percepção da qualidade de vida, mais concretamente o sexo, a idade, o estado civil, a
escolaridade, o grupo profissional e situação profissional, o rendimento familiar e a actividade
física. A maioria dos inquiridos (51,7%) apresenta índices de qualidade de vida elevados. Numa
análise dimensional os inquiridos apresentam maiores pontuações na dimensão funcionamento
físico (74,9) e desempenho emocional (71,7).
É reconhecida a importância deste indicador quer ao nível da decisão clínica quer ao nível da
gestão dos cuidados. Sugere-se a sua utilização, como indicador de excelência na
prestação/gestão dos cuidados de saúde. This study aims to evaluate the perception of the health-related quality of life in a sample of 1111
individuals over 18 years old followed in the health units of the ACES Alto Trás-os-Montes I -
Nordeste.
The author conducted an observational study, cross-sectional analysis, with a quantitative
approach, using a generic instrument of quality of life evaluation – SF-36 v2.
The sample is mostly composed of women (71,4%). Age range between 18 and 90 years old, with
median age of 47,6 and standard deviation of 18,5 years. Individuals are mostly married (61,8%)
and 21,8% are single. Referring to schooling, 32% has basic education and 14,8% have none
academic education. The majority lives in urban areas (57,4%). Professionally actives are 59,7%,
from which the most common group is services staff and salesman (23,6%), while 11,9% are
unemployed and 28,5% are retired. Most of the sample individuals have family incoming wages
lower than 1000€, 32,7% of which lower than 500€. More than one third of the inquired (37,69%)
refer having four meals a day, and most of them have no physical activity. Most of the inquired
(73,0%) does not drink alcohol and have no smoking habits. More than half of the sample (52%)
refers having at least one health condition.
Obtained results demonstrate a negative impact of some demographic variables related to the
perception of the quality of life, more specifically sex, age, marital status, academic habilitations,
professional group and status, family income and physical activity. Most of the inquired (51,7%)
show high quality of life standards. In a dimensional analysis, inquired individuals present higher
scores in the physical functioning dimension (74,9) and emotional performance (71,7).
The value of this marker is acknowledged referring to clinical decision and care management. The
author suggests its use as an excellence marker in health care providing/management. Este estudio pretende evaluar la percepción de la calidad de vida relacionada con la salud en una
muestra formada por 1111 pacientes, inscritos en los Centros de Salud del ACES de Trás-os-
Montes I, Nordeste.
Se trata de un estudio no experimental, analítico, transversal y cuantitativo, el instrumento de
evaluación para la obtención de los datos fue ―Calidad de Vida-SF 36‖.
La muestra está formada en su mayoria por mujeres (71,4%) y la edad está comprendida entre los
18 y 90 años, con una media de 47,6 y un desvio padrón de 18,5 años. La mayoria son casados
(61,8%) y 21,8% son solteros. En relación a los estudios el 32,0% acabaron la educación
secundaria obligatoria (ESO), el 14,8% no tienen estudios. La mayor parte vive en zona urbana
(57,4%). El 59,7% de los participantes del estudio se encuentran en activo, el sector profesional
más frecuente es el de servicios y vendedores (23,6%); el 11,9% están desempleados y el 28,5%
son jubilados. Los participantes dicen tener rendimientos familiares bajos, la mayoria inferiores a
1000€; en el 32,7% son inferiores a 500 €. El 37,69% de los participantes refieren realizar 4
comidas por dia, la mayoria no practica ejercicio fisico. El 73,0% no consumen bebidas alcoholicas
y no fuman. Más de la mitad de la muestra (52,0%) dicen tener problemas de salud.
Los resultados demuestran un impacto negativo de algunas variables socio demográficas en
relación a la percepción de la calidad de vida, en concreto: sexo, edad, estado civil, estudios,
grupo profesional, situación profesional, rendimiento familiar y la actividad física. La mayoría
(51,7%) presenta índices de calidad de vida elevados. En un análisis dimensional los participantes
del estudio presentan mayores puntuaciones en la dimensión funcionamiento físico (74,9%) y
desempeño emocional (71,7%).
Se reconoce la importancia de este indicador tanto a nivel de la decisión clínica, como a nivel de la
gestión de los cuidados. Se sugiere su utilización como indicador de excelencia en la
prestación/gestión de los cuidados de salud.