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Fogo controlado em áreas de matos: efeitos na permeabilidade e processo erosivo...

Autor(es): Queirós, Anabela cv logo 1 ; Fonseca, Felícia cv logo 2 ; Figueiredo, Tomás de cv logo 3

Data: 2011

Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10198/10000

Origem: Biblioteca Digital do IPB


Descrição
O Parque Natural de Montesinho (PNM), localiza-se no extremo nordeste de Portugal e possui uma área total de 75 mil ha, dos quais cerca de um terço estão cobertos por matos, comunidades vegetais arbustivas de variada composição florística e porte. No PNM os solos são dominantemente incipientes, das unidades Leptossolos dístricos órticos de xisto e Leptossolos úmbricos de xisto, a última presente na área de estudo. O fogo é associado desde sempre à floresta, como causa natural de controlo da vegetação, e tem impactos nas propriedades físicas e químicas do solo, em função da severidade do incêndio, tipo de vegetação, velocidade de propagação, dimensão do incêndio, entre outros factores. O fogo controlado é uma técnica muito utilizada quando se pretende criar uma zona de descontinuidade das formações vegetais, estabelecendo faixas de gestão de combustível. O objectivo deste estudo é avaliar territórios queimados em que se recorreu ao fogo controlado em áreas de matos, quanto aos efeitos no processo erosivo e propriedades do solo, sendo aqui apenas tratada a permeabilidade do solo. O estudo centrou-se numa área de matos do PNM com cerca de 2 ha, submetida a fogo controlado no âmbito de plano de gestão florestal, em Aveleda, Bragança. A vegetação antes do fogo controlado era constituída essencialmente por urze (44% da área), esteva (26%) e carqueja (29%). Após o fogo controlado a carqueja e a urze arderam quase por completo, enquanto a esteva revelou grande resistência ao fogo, ficando menos queimada, em concordância com o comportamento conhecido desta espécie. A permeabilidade foi avaliada em 11 locais distribuídos aleatoriamente, em 3 momentos distintos: antes, imediatamente após e 2 meses depois do fogo controlado. Verificou-se que a permeabilidade antes do fogo controlado era rápida, imediatamente após o fogo passou a lenta, e dois meses depois a muito rápida. Foram ainda instaladas 6 parcelas de erosão de 3 m2, nas quais escoamento e perda de solo, na sequência de um total de 280 mm de precipitação, correspondem em média 7 mm e 442 g/m2, respectivamente. Esta perda de solo assinala a sensibilidade das áreas queimadas ao processo erosivo. Palavras-chave: Matos, Fogo controlado, Permeabilidade do solo, Erosão
Tipo de Documento Documento de conferência
Idioma Português
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