Author(s):
Neves, Vítor Fernandes
Date: 2013
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10284/4151
Origin: Repositório Institucional - Universidade Fernando Pessoa
Subject(s): Saúde oral; Nutrição; Qualidade de vida; Envelhecimento; Idoso; Oral health; Nutrition; Life quality; Ageing; Elderly
Description
Projeto de Pós-Graduação/Dissertação apresentado à Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para obtenção do grau de Mestre em Medicina Dentária Estima-se que, a nível mundial, a percentagem de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos aumente em relação às restantes faixas etárias. Entre 1970 e 2025 prevê-se um crescimento de 223% no número de pessoas idosas, o que corresponde a um aumento de 694 milhões de pessoas.
Nas últimas décadas a investigação científica relacionada com o processo de envelhecimento expandiu-se, incluindo não só a idade e as patologias crónicas mas também, a longevidade livre de doença e a qualidade de vida. Grande parte dos processos patológicos crónicos têm tendência para aumentar com a idade e, como consequência grande parte da população idosa encontra-se polimedicada. Assim sendo, devem existir preocupações relativas à interacção medicamentosa e alimentar.
A relação entre a saúde oral e a alimentação tem sido sugerida em vários estudos pelo que, uma fraca saúde oral pode interferir com a saúde geral do idoso, através de alterações na alimentação. Várias condições orais, tais como: a perda de peças dentárias; idosos desdentados que não usam prótese dentária, ou próteses desadaptadas podem alterar a função mastigatória. Uma fraca eficiência mastigatória não origina obrigatoriamente perturbações no estado nutricional contudo, pode ter implicações na selecção alimentar, qualidade de vida e no bem-estar oral.
No que toca à componente nutricional, as alterações à função mastigatória levam a défices no consumo de carne, frutas e produtos hortícolas. Estes são a principal fonte de cálcio, ferro, fibras alimentares, proteínas e vitaminas A, B1, B3, B9, C e E.
A análise destes dados é pertinente para que se criem programas preventivos de educação/motivação para a saúde geral, saúde oral e nutrição, a fim de se evitar procedimentos médicos mais invasivos e a malnutrição. Projections estimate that worldwide the proportion of people having 60 or more years will have a superior progression in relation to other demographics groups. Between 1970 and 2025 the percentage of old people increase up to 223% or 694 million people.
In the last decades scientific research related to the ageing process expanded incorporating not only age and chronic diseases but also the longevity without any disease and life quality. The majority of chronic diseases are more suitable to increase with age subsequently the majority of the elderly are polymedicated. This aspect should be a matter of concern because of the potential interactions between food and drugs.
The relation between oral health and eating has been suggested by several studies. A poor oral health among older people can interact with the way they eat, affecting their general health. Several oral conditions such as: tooth loss; edentulous individuals that don’t wear dentures; or ill-fitting dentures can affect the masticatory function. A poor masticatory function may not lead to a weakened nutritional state but may have repercussions for the choice of food, life quality and oral wellbeing.
In terms of nutritional status, modifications in the masticatory function may origin a decrease in the ingestion of meat, fruits and vegetables which are the main source of calcium, iron, fibres, protein and vitamins A, B1, B3, B9, C and E.
The analysis of these facts is extremely essential in order to build preventive programmes of education/motivation associated with general health, oral health and nutrition. The purpose is to avoid further invasive medical procedures and malnutrition.