Autor(es):
Machado, Cláudia Vanessa Barros Batista
Data: 2012
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10284/3685
Origem: Repositório Institucional - Universidade Fernando Pessoa
Descrição
Projeto de Pós-Graduação/Dissertação apresentado à Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para obtenção do grau de Mestre em Medicina Dentária Num estudo ortodôntico, a análise cefalométrica desempenha tradicionalmente um papel preponderante no diagnóstico e plano de tratamento do paciente. Mais de 200 métodos foram até à data apresentados, uns mais populares do que outros, sendo que a análise proposta por Ricketts, foi uma das que obteve reconhecimento universal. Entretanto e ao longo do tempo, a cefalometria em geral, tem sido acusada de falta de fiabilidade por ser afetada por erros sistemáticos e aleatórios, entre os quais se destaca a utilização do Plano de Frankfurt, como forma de orientação da cabeça e como referência de medição de múltiplos parâmetros. Entre estes parâmetros, encontra-se o Plano Mandibular, relevante para dedução de múltiplas ilações sobre crescimento, planeamento do tratamento e biomecânica. Considerando que a “Análise Geométrica Individualizada da Harmonia Facial” (AGIHF), proposta por Silva C, representa um método alternativo que usa a posição natural da cabeça (PNC) e a horizontal verdadeira (HV), em alternativa ao plano de Frankfurt; foi objetivo deste estudo, efetuado em cefalogramas de 200 pacientes ortodônticos, comparar a leitura registada no plano mandibular (Me-Ag), pelos dois métodos. Os resultados evidenciaram que em apenas 32% dos casos analisados o plano de Frankfurt era sobreponível à horizontal verdadeira e que em 68% eram divergentes; reforçando a ideia de que o Plano de Frankfurt não é uma referência sobreponível à horizontal verdadeira em todos os pacientes e não deve ser usado como tal. Ficou também evidenciado que as leituras do Plano Mandibular obtidas pelos dois métodos, apresentam divergências significativas, o que afeta o diagnóstico, plano de tratamento e reflete-se nos resultados do tratamento ortodôntico. In a orthodontic study, cephalometric analysis traditionally plays a leading role in the diagnostic and a treatment plan of the patient. More than 200 methods have been presented to date, some more popular than others, and the analysis proposed by Ricketts, was one that received universal recognition. However, and over time, cephalometrics in general, has been accused of lack of reliability to be affected by systematic errors and random, between which stands the use of Frankfurt plan, so as to guide the head and as a reference measuring multiple parameters. Among these parameters, is the mandibular plane, deducting relevant to multiple conclusions about growth, treatment planning and biomechanics. Whereas the "Individualized Geometric Analysis of Facial Harmony" (AGIHF), proposed by Silva C, represents an alternative method that uses the natural head position (NHP) and the true horizontal (HV) as an alternative to Frankfurt plane; aim was this study, conducted in 200 cephalograms of orthodontic patients, comparing the reading recorded on the mandibular plane (Me-Ag) by the two methods. The results showed that in only 32% of cases the Frankfurt plane was overlapping the true horizontal and 68% were divergent, reinforcing the idea that the Plan of Frankfurt is not a reference to the true horizontal overlapping in all patients and should not be used as such. We also demonstrated that the mandibular plane readings obtained by both methods diverge significantly, which affects the diagnosis, treatment plan and is reflected in the results of orthodontic treatment.